Prefeitura espera arrecadar R$ 310 milhões com pagamento do IPTU
Programa de Conciliação Fiscal oferece descontos a contribuintes que têm débitos no IPTU de anos anteriores
A Prefeitura de Campo Grande espera arrecadar R$ 310 milhões com o reajuste de 8,78% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Os dados foram apresentados pelo secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Disney Fernandes, na manhã desta sexta-feira (25), durante o lançamento do IPTU 2017 e do Programa de Conciliação Fiscal.
Segundo Disney Fernandes, os contribuintes da Capital começam a receber os boletos com o valor do imposto a ser pago a partir da próxima segunda-feira (28). Ao todo, 99,20%, 382 mil imóveis, tiveram o IPTU atualizado pelo índice da inflação calculado pelo IPCA-E, de 8,78%, segundo a prefeitura.
Disney apresentou o programa de descontos para os pagamentos realizados à vista. Quem pagar até 10 de janeiro de 2017 terá 20% desconto ou 10% se quitar até 10 de fevereiro. Os contribuintes que estão adimplentes há mais de quatro anos, podem ter até 30% de abatimento. Já os parcelamentos têm 5% de dedução no valor.
“Os descontos são uma forma de valorizar o contribuinte municipal”, afirmou Alcides Bernal. Entretanto, só terão direito ao abatimento, os contribuintes que não tiverem débitos de anos anteriores vencidos.
Segundo Disney Fernandes, a soma do valor venal de todos os imóveis da Capital chega a R$ 50,7 bilhões. Ele brincou que este é o valor a ser pago por quem quiser comprar Campo Grande.
Inadimplentes – Quem possui débitos de IPTU vencidos terá a oportunidade de colocar as contas em dia e ter direito ao desconto ao pagar o imposto de 2017.
A partir de segunda-feira (28), estes contribuintes podem aderir ao Programa de Conciliação Fiscal, que oferece abatimento de 90% de juros e 75% na multa sobre o valor devido para os pagamentos efetuados até 27 de dezembro deste ano.
Ao todo, a Prefeitura tem R$ 2,3 bilhões para receber somados os impostos devidos. Destes, aproximadamente R$ 1 bilhão é referente ao IPTU.
A grande maioria dos valores devidos, mais de 81% são de dívidas atualizadas superiores a R$ 10 mil, enquanto o percentual de quem deve até R$ 1 mil não chega a 2%.
“O pobre não titubeia e paga seus impostos. Se eu fosse radical, diria que o pobre paga e o rico não. Não os ricos, mas os muito ricos, os especuladores”, comentou Bernal.