Além da previdência, transição busca dados sobre dívida ativa e IPTU
Próxima reunião de trabalho das equipes será na quarta-feira
O trabalho de transição entre a equipes do prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), e do atual, Alcides Bernal (PP), começou com a discussão sobre a previdência social do município e deve seguir na semana que vem, na próxima quarta-feira (16), com informações sobre o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e dívida ativa da Capital.
A primeira reunião oficial entre as equipes ocorreu na segunda-feira (07), com a presença de Marquinhos e Bernal, onde já houve uma articulação em relação a compra de remédios essenciais para rede pública, tendo estoque nos primeiros meses, para o controle de epidemias, como dengue, zika vírus e chikungunya.
O prefeito eleito ainda solicitou que na área de educação, fosse feita uma licitação para garntir a compra dos kits escolares, assim como a merenda. Já na reunião de ontem (10), no auditório da Esplanada, que teve a participação de Bernal, dos secretários municipais e da equipe de Marquinhos, o tema principal foi a previdência social do município.
Foi feita uma apresentação sobre a situação do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) mostrando a situação de recursos humanos e financeiro. O secretário de Administração, Ricardo Ballock, foi quem expôs uma panorama deste setor desde 2004 até 2016. "Fizemos um levantamento para que a equipe de transição tivesse uma visão macro do cenário previdenciário atual do município".
Os dados foram repassados aos advogados Gilberto Cavalcante e Alexandre Ávalo Santana, além do economista Pedro Pedrossian Neto, integrantes da equipe de Marquinhos. "Foram fornecidas informações, que iremos repassar para o prefeito eleito, os números são ainda parciais, estamos no início de novembro e estes serão consolidados no final de dezembro", disse Gilberto Cavalcante.
Pedrossian Neto ressaltou que a reunião foi produtiva, com colaboração mútua. "O objetiv foi detalhar a situação financeira do IMPCG e os desafios que a Previdência trará para a próxima gestão. O maior desafio é o déficit crescente, que já em 2017, pelas estimativas da atual gestão, implicará aporte de R$ 10 milhões mensais do Tesouro Municipal”, detalhou ele.
A próxima reunião do grupo foi marcada para quarta-feira (16), no período da tarde, que devem contar também com a presença de Marquinhos. No encontro irão tratar de assuntos financeiros, entre eles a cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e a dívida ativa da Capital.
A prefeitura municipal está organizando um cronograma de trabalho, para que as reuniões daqui para frente sejam periódicas, com temas definidos, que contarão com a colaboração dos secretários de cada pasta.
Preocupações - O prefeito eleito já declarou que entre suas principais preocupações, neste começo de trabalho (transição), estão a previdência social e os contratos com as entidades Omep e Seleta, considerados irregulares pela Justiça Estadual.
No primeiro caso, existe uma denúncia sendo apurada pelo MPE (Ministério Público Estadual), sobre o suposto "sumiço" de R$ 100 milhões da previdência municipal da Capital, entre 2013 e 2016, baseado em dados publicados pelo próprio executivo municipal.
Já em relação aos contratos irregulares, a Justiça Estadual decidiu que a prefeitura deve romper estes convênios e fazer a demissão dos servidores contratados, tendo como objetivo a realização de concurso para suprir a demanda.
Enquanto não existe este rompimento dos contratos, assim como pagamento de todas as rescisões, ocorrem outros impasses com funcionários da Seleta e Omep, como por exemplo, no caso dos recreadores dos Ceinfs, que deixaram de ir trabalhar, por não receber o salário referente a este mês.