Presidente de sindicato é acusado de coagir servidores a entrar em greve
Uma servidora administrativa da Reme (Rede Municipal de Educação), que não quis se identificar, acusa o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, de coagir os servidores que não querem aderir a paralisação que deve ocorrer a partir da segunda-feira (28) caso o município não pague os vales alimentação que, segundo a categoria, estão atrasados há quase um mês.
De acordo com a servidora, muitos questionamentos surgiram depois que houve o indicativo de paralisação. Alguns servidores que estão em estágio probatório, por exemplo, temem represálias. “Além disso o Tabosa tem postado no grupo dos servidores que é pra todo mundo participar, com risco de perder o benefício da bolsa alimentação”, disse.
Em uma dessas conversas, a servidora diz que Tabosa pede para quem não quiser participar da paralisação para que passe no sindicato e faça o pedido para desistir do beneficio que pode chegar a R$190.
“Eu não concordo com a paralisação e também com isso. Acho que ninguém pode sofrer represálias por conta disso. Neste momento eu acho desnecessário”, afirmou.
Já o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, nega que tenha qualquer tipo de ação para coagir os servidores, tendo em vista que a paralisação foi definida em assembleia.
“A paralisação é democrática. Aqueles que não querem participar, não irão participar. Outra coisa, o sindicato não tem autonomia de tirar ou dar o benefício pra ninguém. Não existe isso. Quem faz isso é a prefeitura que é quem deve pagar. O sindicato simplesmente fez um contrato junto a Brasil Card. ”, disse.
Conforme Tabosa, o valor deveria ter sido depositado e disponibilizado aos trabalhadores via convênio Brasil Card no dia 26 de agosto, o que segundo ele não foi feito. A partir de sábado serão dois benefícios pendentes, piorando a situação do poder público perante os funcionários.
Segundo o sindicalista, a prefeitura ainda deve aos funcionários o vale de maio, que em acordo com a categoria foi parcelado em três vezes a partir de outubro.
A assessoria de imprensa da prefeitura ficou de dar um retorno ao Campo Grande News a respeito dessa situação, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.