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Capital

Preso há 10 dias, Jamil Name recusou atendimento de médica do presídio

Segundo juiz corregedor, a negativa demonstra que "não há indícios que esteja com problema de saúde", conforme alega a defesa

Aline dos Santos | 07/10/2019 09:28
Jamil Name tem 80 anos e está preso no Centro de Triagem. (Foto: Arquivo)
Jamil Name tem 80 anos e está preso no Centro de Triagem. (Foto: Arquivo)

Preso há 10 dias na operação Omertà, o empresário Jamil Name, 80 anos, recusou atendimento da médica que atende os internos do Centro de Triagem Anizio Lima. Desta forma, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, corregedor do regime fechado e atuando em substituição legal na 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, aponta que “não há indícios que esteja com problema de saúde, na medida que recusou atendimento médico”. A condição médica de Jamil Name foi dos argumentos usados pela defesa para evitar a prisão.

No dia primeiro de outubro, o juiz negou o pedido da defesa para que Name fosse atendido pelo médico João Jazbik Neto, profissional de sua confiança. A alegação foi de que o preso faz acompanhamento cardiológico, mas o magistrado destacou que o médico é cirurgião vascular.

No quarto de Name, a operação apreendeu promissória emitida por “João J. Neto” no valor de R$ 150 mil. O emitente seria o médico João Jazbik Neto.

O juiz detalha que verificou, por meio de site de notícias, a defesa alertando sobre a necessidade do atendimento médico. Na sequência, pediu informações ao presídio sobre a situação de Jamil Name. A resposta foi que uma médica se deslocou ao módulo de saúde, no último dia 2, para atender o preso no Centro de Triagem, com recusa por parte de Name.

Em sua manifestação, a promotora que atua junto à Vara de Execução Penal, Paula Volpe, concordou que, se o preso não aceitou o atendimento oferecido pela Agepen, não há porque permitir a entrada do médico sem uma justificativa que convenca a Justiça.

Organização criminosa - Segundo a decisão que ordenou as prisões da Omertà, Jamil Name e Jamil Name Filho são líderes de grupo de extermínio que atua em Campo Grande. Anda conforme a decisão do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial, os dois são os verdadeiros donos do arsenal apreendido em 19 de maio com o então guarda municipal Marcelo Rios.

Realizada em 27 de setembro, a operação reuniu Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções na Capital, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), Batalhão de Choque e Bope. Omertà é um código de honra da máfia italiana, que faz voto de silêncio.

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