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Capital

Preso na sexta fase da operação Omertà morre vítima da covid-19

Ele passou mal e foi levado ao Hospital Regional, onde ficou internado por duas semanas

Aline dos Santos | 24/12/2020 08:48
Cláudio  foi preso  no dia 2 de dezembro e defesa questiona necessidade. "Ele era réu primário, com bons antecedentes, emprego e residência fixa". 
Cláudio  foi preso  no dia 2 de dezembro e defesa questiona necessidade. "Ele era réu primário, com bons antecedentes, emprego e residência fixa".

Preso na sexta fase da operação Omertà, Cláudio Rosa de Moraes, 53 anos, o Cláudio BX,  morreu ontem (dia 23) em Campo Grande vítima da covid-19. Ele estava preso desde 2 de dezembro, durante a etapa da ação batizada de “Arca de Noé”. Cláudio era alvo de prisão preventiva na operação e também foi flagrado com munições em casa.

Segundo a defesa, ele era vendedor do título de capitalização Pantanal Cap, sem recursos para pagar fiança de R$ 10 mil, arbitrada pela Justiça no caso do flagrante. Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o preso era um dos gerentes de área do jogo do bicho em Campo Grande, sob as ordens de uma “gerentona”.

Após a prisão, ele foi levado ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) e, na sequência, para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira. O preso passou mal e foi levado ao HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, onde ficou internado por duas semanas.

O advogado Ewerton Bellinati afirma que não é possível afirmar que Cláudio tenha se infectado após a operação, mas questiona a necessidade da prisão. “Era necessário, adequado e proporcional a prisão preventiva neste momento? Sendo que temos medidas cautelares diversas da prisão. Ele era réu primário, com bons antecedentes, emprego e residência fixa”, afirma.

Segundo a defesa, a prisão preventiva decretada na operação Omertà foi suspensa na semana passada. Quanto à fiança de R$ 10 mil, o advogado havia recorrido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que o pagamento fosse derrubado.

Munição –  No total, foram apreendidos dentro de uma mala dez munições de calibre 380, oito munições de calibre 22, além de dois carregadores de pistola (com capacidade para dezenove munições cada) e uma peça de pistola (suporte de mola do ferrolho). Cláudio não apresentou nenhum registro da arma de fogo e acabou preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Em depoimento, o vendedor disse que não sabia sobre as munições, pois até fevereiro deste ano o cômodo pertencia ao cunhado. O parente compareceu ao local e confirmou que as munições lhe pertenciam, bem como tinha registro da arma. Porém, o documento não foi apresentado.

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