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Capital

Presos que têm problemas com facções vão para novo presídio da Gameleira

Unidade foi inaugurada nesta quinta-feira, com a presença do Ministro da Justiça

Nyelder Rodrigues e Gabriela Couto | 19/08/2021 16:45
Nova unidade vai ser ocupada de forma gradativa, segundo o chefe da Agepen. (Foto: Paulo Francis)
Nova unidade vai ser ocupada de forma gradativa, segundo o chefe da Agepen. (Foto: Paulo Francis)

Presos isolados em outras unidades penitenciárias de Campo Grande por causa de problemas com facções criminosas - principalmente, o PCC (Primeiro Comando da Capital), predominante nos presídios do Estado - serão os primeiros a cumprir pena no novo presídio da Gameleira, inaugurado nesta quinta-feira (19).

A solenidade contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. A obra, a segunda na região, que deve ainda receber uma terceira unidade, teve um investimento de R$ 18,5 milhões, sendo R$ 15 milhões dos cofres federais.

Serão 603 vagas e 110 celas para receber os apenados em solo sul-mato-grossense. Como é uma unidade de segurança máxima recém-inaugurada, a penitenciária conta com reforço que as mais antigas não possuem, como paredes reforçadas, com 15 cm de espessura, dificultando fugas, escavações e captação de sinal de celular.

"As vagas serão ocupadas ali de forma gradativa, e vamos deixar uma cota de 10% de vagas sem ocupação para que não cheguemos logo a ocupação máxima e assim, caso necessário, tenhamos uma margem de manejamento mais à frente", explica o chefe da Agência Penitenciária, Aud de Oliveira Chaves.

Além disso, o local contará com módulo de saúde, educação, trabalho, salas de atendimentos de advogados, biblioteca, setores administrativos, de assistência psicossocial e áreas de visita, entre outros espaços. O presídio foi construído em concreto usinado, que dá mais segurança.

Autoridades na solenidade de inauguração do novo presídio da Gameleira, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Autoridades na solenidade de inauguração do novo presídio da Gameleira, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Contra o crime - Mais cedo, Reinaldo, Torres e equipe inauguraram também em Campo Grande, o CIISPR-CO (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Regional Centro Oeste) e o CICC-R (Centro Integrado de Comando e Controle Estadual).

Ali, vão funcionar os centros que prometem acabar com a falta de integração entre forças de seguranças de outros estados e que devem auxiliar no combate ao crime organizado de maneira mais incisiva, segundo Torres.

"As palavras integração e falta de vaidade podem parecer repetitivas, mas esses centros de integração serão as grandes ferramentas nos próximos anos, no combate ao crime organizado", declarou na cerimônia, pela manhã, no Palácio Tiradentes, sede da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).

O centro era demanda antiga de Reinaldo, segundo ele mesmo explicou. "Pedi esse centro para Dilma, para o Michel Temer e não conseguimos. Na primeira agenda com Bolsonaro, entreguei o mesmo documento pra ele", destacou, completando.

"Leve essa gratidão ao governo Bolsonaro, porque a diminuição de todos os índices, nós devemos a visão de vocês. Esse núcleo de inteligência vai dar resultado para o país. Aqui, ninguém tem ciúme um do outro", disse Azambuja.

Uniforme laranja será adotado na unidade. (Foto: Paulo Francis)
Uniforme laranja será adotado na unidade. (Foto: Paulo Francis)


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