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Capital

PRF que matou empresário na Ernesto será levado a júri em abril

Ricardo Hyn Su Moons será julgado a partir das 8 horas no plenário do Tribunal do Júri de Campo Grande

Adriano Fernandes | 10/04/2019 19:55
Policial durante uma das audiências sobre o caso. (Foto: Arquivo)
Policial durante uma das audiências sobre o caso. (Foto: Arquivo)

Será julgado na manhã desta quinta-feira(11) na 1ª Vara do Tribunal do Júri do fórum de Campo Grande o policial rodoviário federal Ricardo Hyn Su Moon, acusado de ter matado a tiros o empresário Adriano Correia Nascimento, durante desentendimento no trânsito no dia 31 de dezembro de 2016.

O juiz titular da vara, Carlos Alberto Garcete de Almeida, pronunciou o policial pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. As mesmas qualificadoras foram apontadas para a tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e seu filho, 17, dois ocupantes da caminhonete conduzida pelo comerciante.

Para a acusação, o reú também praticou o crime de fraude processual, tendo em vista que, com a ajuda de terceiros, teria alterado provas a fim de induzir o juízo a erro e produzir efeitos favoráveis a si próprio. Já a defesa do réu pede a absolvição sumária do acusado, alegando legítima defesa.
O julgamento será realizado a partir das 8 horas no plenário do Tribunal do Júri.

Adriano era dono de restaurantes de sushi na Capital. (Foto: Reprodução Facebook)
Adriano era dono de restaurantes de sushi na Capital. (Foto: Reprodução Facebook)

O caso - Consta dos autos do processo que por volta das 5h40, daquele dia 31 de dezembro Ricardo se deslocava para o trabalho no município de Corumbá, conduzindo o veículo Pajero TR4, enquanto a vítima dirigia a camionete Toyota Hilux, acompanhada das vítimas.

Conforme a denúncia, ao fazer conversão à direita, na Avenida Presidente Ernesto Geisel, Adriano não percebeu a proximidade com o veículo do acusado e quase provocou um acidente de trânsito. Após uma suposta briga, o PRF atirou pelo menos sete vezes contra a Hilux branca do empresário.

Nascimento, dono de dois restaurantes japoneses na cidade, foi atingido três vezes, duas no peito e uma no pescoço. Morreu na hora, perdeu o controle do veículo e bateu em um poste. O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local.

Em seguida, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF. Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legítima defesa e apesar do indiciamento da Polícia Civil, ele responde o processo em liberdade.

O crime no trânsito também se desdobrou em várias polêmicas, como o horário de fato em que o policial foi preso, como chegou à delegacia totalmente fardado, se no local do crime usava camiseta listrada. Por fim, dois maçaricos, semelhantes a revólver, foram encontrados na caminhonete do morto, que estava apreendida, após duas perícias não ter avistado os objetos.

Carro onde estavam Adriano e outras duas vítimas. (Foto: Arquivo)
Carro onde estavam Adriano e outras duas vítimas. (Foto: Arquivo)
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