Professor em 2 escolas conta que há 8 anos faz "tratamento contra pedofilia"
Além de dar aulas na rede municipal e estadual de ensino, suspeito faz parte de banda que se apresenta dentro e fora do Estado
Professor de Educação Física em duas escolas de Campo Grande, um dos presos em operação contra pedofilia confessou à polícia que baixava e assistia material pornográfico de crianças e adolescentes. Em depoimento, o investigado de 36 anos disse que há 8 faz tratamento psicológico para se livrar da pedofilia.
Além de dar aulas na rede municipal e estadual de ensino, o suspeito faz parte de uma banda que se apresenta dentro e fora do Estado. Após meses de investigação, policiais chegaram à casa dele por volta das 6 horas de ontem (12) para cumprir mandado de busca e apreensão.
Os agentes chegaram à residência no momento em que ele fazia o download de um vídeo onde crianças apareciam dançando nuas.
No local, policiais apreenderam dois notebooks e um celular. O professor confessou que somente no período de pandemia baixou cerca de 30 vídeos de pornografia infantil, que assistia durante a noite e depois apagava. Ele negou que algum dia tenha mostrado as filmagens para outras pessoas e disse que não sabia que baixando, também compartilhava o conteúdo.
Concursado no Estado desde 2006 e no Município desde 2008, o professor convivia diariamente no ambiente escolar. Ciente do crime que cometia, disse à polícia que tinha intenção de “parar de mexer com isso” e fazia uso de medicamento controlado e acompanhamento psicológico há 8 anos.
Após a prisão, os perfis nas redes sociais, tanto do suspeito e da banda que ele faz parte foram retiradas das redes sociais. Ele vai responder pelos crimes de armazenar e compartilhar material de pornografia infantil e passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (13).
O nome do homem foi preservado para evitar a exposição de alunas e crianças que convivem com o preso.
Deep Caught - A segunda fase da operação Deep Caught, deflagrada pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) prendeu cinco homens em Campo Grande, Nova Andradina, Caarapó e Dourados. A ação contra pedofilia encontrou 130 gigabytes de material pornográfico com os alvos.