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Capital

Professores irão à Justiça contra erros no gabarito de concurso

Processo seletivo para 323 vagas na rede municipal apresentou falhas na aplicação e correção

Por Gustavo Bonotto | 29/02/2024 23:40
Grupo de educadores debateu erros de processo seletivo com vereador Juari Lopes (PSDB) em reunião na Câmara Municipal. (Foto: Reprodução)
Grupo de educadores debateu erros de processo seletivo com vereador Juari Lopes (PSDB) em reunião na Câmara Municipal. (Foto: Reprodução)

Educadores que participaram do concurso público para professores da Semed (Secretaria Municipal de Educação) participaram de reunião na Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (29) para contestar e cobrar um posicionamento diante das falhas apresentadas na aplicação do processo seletivo.

Representantes do grupo de profissionais foram recebidos pelo também professor e vereador Juari Lopes (PSDB), que considerou levar o caso para a Defensoria Pública da União e Ministério Público.

Por telefone, um dos candidatos que preferiu não ser identificado com medo de repressões disse que a banca cometeu erros considerados grotescos. "Acredito que a banca responsável está agindo de má-fé, e é por isso que buscamos pela Casa de Leis. No meu caso, tive problemas com a pontuação e deu a entender que a organização responsável pela correção não entende de educação", explicou.

O educador pontuou que a classe não quer a anulação do processo, mas sim uma retificação do gabarito, com mais elaboração nos recursos já apresentados pelos candidatos.

"Falta apuração na elaboração dos recursos, sem embasamento científico. Algumas questões, por exemplo, fogem do que é correto na área pedagógica. É por isso que anularam questões de diversas disciplinas", concluiu.

Nas redes sociais, o parlamentar explicou que enviou ofício para a banca examinadora da seleção, considerando diversos fatos ocorridos durante a aplicação do certame como vazamento de questões, uso de dispositivos eletrônicos e liberação de itens proibidos, como garrafas coloridas e outros instrumentos.

"O Instituto Avalia estabeleceu de maneira arbitrária o cancelamento de 15 questões por falhas na elaboração. Na sexta (1º), vamos questionar a banca para saber se ele é capaz de aplicar provas tão importantes como a de seleção para professores", finalizou.

Procurada pela reportagem, a banca avaliadora esclareceu que o Edital de Abertura do concurso previa que, após a divulgação do gabarito preliminar, os candidatos poderiam interpor recurso.

"Após análise de todos os recursos impetrados pelos candidatos, os elaboradores das questões realizaram anulação de 9 questões e modificação de alternativa de 3 questões. Esclarecemos que, as questões anuladas geram pontuação para todos os candidatos. Esclarecemos ainda que foi disponibilizado no portal do Instituto Avalia todas as respostas dos recursos impetrados pelos candidatos, inclusive das questões que foram mantidas".

A banca também informou que o número de questões anuladas está dentro do limite aceitável. "Para a maioria dos cargos somente uma questão ou nenhuma foi anulada e não trará prejuízo aos candidatos e nem ao resultado do certame".

Seleção - Ao todo, 20.861 candidatos se inscreveram para o concurso e disputam 323 vagas para diversas áreas na educação. Os cargos pagam inicialmente R$ 3.671,07.

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