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Capital

Protestos de rua diminuem e jovens vão por reivindicações no papel

Aliny Mary Dias | 29/06/2013 11:23
Vitor Samúdio faz parte dos 100 organizadores do movimento em Campo Grande (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Vitor Samúdio faz parte dos 100 organizadores do movimento em Campo Grande (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Apesar de ter perdido força em vários estados brasileiros, os protestos que reuniram milhares de pessoas em Campo Grande entram em uma nova fase. Uma assembleia popular está marcada para este sábado (29) e pretende colocar as reivindicações das ruas no papel.

Com objetivo de organizar os assuntos que motivaram protestos na última semana, o grupo intitulado de Movimento Popular - Campo Grande quer continuar com encontros e debates.

Um dos organizados do evento, Vitor Samúdio, de 29 anos, afirma que a motivação continua apesar da diminuição dos protestos em todo o país. “Agora iremos fechar um documento com todas as propostas e depois iremos repassar para o poder público. Vamos acompanhar essas propostas e cobrar os prazos”.

Após as passeatas e protestos, o grupo se organizou e em reuniões dividiu as reivindicações em oito grupos de trabalho: combate às opressões, cultura, democratização da mídia, direitos humanos, educação, meio ambiente, mobilidade urbana, questões fundiárias, saúde, segurança pública e transparência política.

Samúdio afirma que após a definição das pautas defendidas pelo movimento, cada responsável pelos grupos de trabalho conversou com entidades e manifestantes para encontrar propostas concretas. “Queremos estabelecer objetivos claros do manifesto. Houve uma tempestade em todo o país e agora devemos continuar a contribuir”, afirma Samúdio.

O aumento do preço da tarifa de ônibus em São Paulo foi o estopim para o início das manifestações em todo o país. Em Campo Grande não foi diferente e o prefeito Alcides Bernal baixou R$ 0,10 no valor do bilhete. Apesar da vitória, o grupo garante que as reivindicações são maiores e abrangem vários setores da sociedade.

“Ouvimos sindicatos de vários setores e moradores para contribuir com nossas pautas e conseguimos a melhoria nos serviços”, conta o jovem.

A organização estima que cerca de 800 pessoas participem da assembleia geral na Praça do Rádio Clube. Após os debates e fechamento dos documentos, o grupo afirma que irá convocar uma passeata para entrega das propostas aos poderes. “Vamos da esfera municipal à federal. Se eles não vêm até nós, vamos até eles”, garante Samúdio.

O grupo afirma que novas manifestações ou protestos não estão marcados até o fechamento do documento que trará propostas para diversos setores.

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