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Capital

Puccinelli reforça que problema da Santa Casa é falha na gestão

Jorge Almoas e Fabiano Arruda | 01/04/2011 17:16

O governador André Puccinelli disse na tarde desta sexta-feira que o maior problema que aflige a Santa Casa de Campo Grande, o maior hospital de Mato Grosso do Sul, é a gestão, e não a falta de recursos.

“O problema da Santa Casa é a gestão, não falta recursos. Em quatro anos, o governo colocou R$ 34 milhões no hospital, mesmo sem ter obrigação de fazer isso”, declarou André.

Segundo Puccinelli, o governo anterior, em oito anos, disponibilizou R$ 11 milhões para o hospital. O Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande são integrantes da junta interventora que administra a Santa Casa desde janeiro de 2005.

No entanto, o governo chegou a declarar que sairia da junta interventora, por estar, nas palavras de Puccinelli, "sem apitar nada".

Ontem, após reunião de trabalho, o prefeito Nelson Trad Filho disse que os recursos disponibilizados para a Santa Casa. Estima-se que haja um déficit de R$ 6 milhões nos repasses.

O deputado federal Geraldo Resende, que foi secretário estadual de Saúde entre 2001 e 2002, reforçou a opinião de Puccinelli. Ele também defende a intenção de transformar a Santa Casa em fundação, o que possibilitaria melhorias na administração, busca de recursos e itens práticos, como a contratação de profissionais.

Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB, ratificou que o problema da saúde é nacional e crônico. “Não é só em Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, ou na Santa Casa. É em todo o Brasil”, disse Raupp.

Ações – Em reunião a portas fechadas na tarde de ontem, a junta interventora, acompanhada do MPE, MPF, secretários de Saúde e o prefeito Nelson Trad Filho, decidiram ativar na próxima segunda-feira mais seis leitos da UTI adulto, além de resolver, durante a próxima semana, o problema de refrigeração na UTI Neonatal.

Nelsinho confirmou que a gestão é o entrave para que a Santa Casa consiga atingir a qualidade almejada no atendimento. A secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, declarou ainda que a Santa Casa “precisa aceitar ser regulada”.

A transformação jurídica da Santa Casa em fundação depende da justiça. Não há prazo definido para a mudança.

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