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Capital

Quatro promotores analisam inquérito sobre erro médico na quimioterapia

Luana Rodrigues | 12/08/2015 11:04
Inquérito tem mais de 10 mil páginas (Foto: Marcos Ermínio)
Inquérito tem mais de 10 mil páginas (Foto: Marcos Ermínio)

Quatro promotores do MPE(Ministério Público Estadual) analisam o inquérito da Polícia Civil, sobre um erro no tratamento de quimioterapia da Santa Casa, que pode ter causado a morte de quatro mulheres. O procedimento, com mais de 10 mil páginas, está sob responsabilidade do promotor Silvio Amaral Nogueira da 61ª Promotoria Especial Criminal, que dividiu a análise com mais três promotores. Caso o MPE decida denunciar os indiciados, eles podem ser condenados a pena de até 96 anos de reclusão.

Cinco pessoas foram indiciadas no caso, entre elas o médico José Maria Ascenço, dono da clínica que prestava serviços ao hospital, que vai responder por homicídio doloso e lesões graves.

Já farmacêutico Rafael Castro Fernandes vai responder por homicídio culposo por cada uma das mortes e pode ser condenado, por cada crime, a pena de 6 a 12 anos de reclusão. Pelo mesmo crime foi indiciado o médico Henrique Eses Ascenço, que era o responsável técnico pela clínica.

A farmacêutica Rita de Cássia Junqueira Godin foi indiciada por falsidade ideológica, porque registrava a manipulação dos medicamentos no período da tarde, apesar da mistura acontecer de manhã. E a enfermeira Geovana Carvalha Penteado, que chegou a realizar a manipulação dos produtos, foi indiciada por exercício irregular da profissão.

As investigações constataram que um erro – a troca de medicamentos, o Fluoroucil (5-FU) pelo Metotrexato– causou as mortes das pacientes Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72, e Maria Glória Guimarães, 61, em julho do ano passado. A quarta vítima, Margarida Isabel de Oliveira, 70, morreu em 27 de janeiro deste ano, sete meses após a troca.

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