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Capital

"Quem imagina dormir num cemitério?", diz morador de casa com corpo enterrado

Corpo da 5ª vítima do Pedreiro Assassino estava enterrado em um dos cômodos da casa localizada na Vila Planalto

Kerolyn Araújo e Liniker Ribeiro | 15/05/2020 17:49
Policiais do Batalhão de Choque deram apoio às buscas. (Foto: Kísie Ainoã)
Policiais do Batalhão de Choque deram apoio às buscas. (Foto: Kísie Ainoã)


"Quem vai imaginar que estava dormindo em um cemitério?". Essa é a pergunta que não sai da cabeça do barbeiro, de 53 anos, morador da casa onde foi encontrada a quinta vítima de Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, na Vila Planalto. Flávio Pereira Cece, 34 anos, era primo do assassino e foi morto em 2015.

Ao Campo Grande News, o barbeiro contou que comprou o terreno de Cleber pelo valor de R$ 50 mil. ''Inicialmente, ele queria R$ 100 mil, mas como não tinha documentação, entramos em acordo e paguei R$ 50 mil", disse.

Segundo o morador, logo após comprar o terreno, ele destruiu o barraco que havia no local e construiu uma casa aos fundos do lote. O barbeiro lembrou que, durante a construção, um irmão de Flávio chegou a ir na casa. ''Ele ficou bastante curioso e eu disse que ele deveria se entender com Cleber. Dei a ele uma quantia em dinheiro, um celular e foi embora", contou.

Jean Carlos Cabreira Sosa, é advogado e foi contratado pela família de Cleber. (Foto: Kísie Aionã)
Jean Carlos Cabreira Sosa, é advogado e foi contratado pela família de Cleber. (Foto: Kísie Aionã)








Os restos mortais de Flávio estava enterrado em um cômodo, usado como quarto de hóspedes. O piso do cômodo foi quebrado e o corpo encontrado a mais de dois metros de profundidade. ''Nunca imaginei uma coisa assim. Achava que ele (Cleber) não matava nem barata. Ele era gente boa demais, como imaginar que seria um serial killer?", questionou.

Jean Carlos Cabreira Sosa, é advogado e foi contratado pela família de Cleber na última quarta-feira (13). ''Estávamos em negociação para apresentação do cliente. A intenção era ter feito ontem, só que decidimos aguardar até segunda-feira", disse Jean. Ele ainda não tinha tido contato com Cleber.

De acordo com o advogado, a família não sabia dos outros crimes cometidos por Cleber, além do assassinato de José Leonel. Além do pedreiro, Jean também vai trabalhar na defesa de Yasmin Natacha Souza de Carvalho, 19 anos, filha do assassino, presa por participação na morte do comerciante.

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