“Quero receber a chave das mãos do presidente”: fila e sonhos em residencial
Após década de espera, moradores contam sobre quanta esperança cabe em 47 m² da casa nova
Na fila que se prolonga na Rua Catiguá, no Jardim Canguru, futuros moradores de residencial que será entregue hoje, a partir das 10h30, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), contam da longa espera pela casa própria e de quanta alegria pode conter em 47 metros quadrados, tamanho dos apartamentos. Os contemplados citam conquistas que vão de poder proporcionar o primeiro quarto para o filho adolescente a ter um teto seguro. Ao todo, são 300 apartamentos.
“É uma alegria imensa, que não tem explicação. É um momento épico, quero receber a chave das mãos do presidente. O apartamento é perfeito, não tem comparação com onde eu vivia antes”, diz a dona de casa Iara de Souza Rodovalho, 31 anos.
Ela mora com o esposo Adriano Quirino, 38 anos, que é motorista, e os dois filhos, Wilker (9 anos) e Adrian (3 anos).
A dona de casa Aline Vilalba de Aquino, 40 anos, destaca que pela primeira vez vai poder dar um quarto para o filho Fábio Vilalba de Araújo, de 16 anos. A idade do filho é similar ao período que estava no cadastro da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), à espera de um lar. “Amei o apartamento. É um sonho realizado e meu filho vai ter o quartinho dele”.
O porteiro Antônio Neto Francelino, 57 anos, agradece a Deus por se ver livre do aluguel e de moradias precárias, como na favela no Bairro Mário Covas. “O apartamento era o que esperava”, diz. Ele mora com a esposa Rosália da Silva Francelino, 57 anos.
O empreendimento imobiliário faz parte do programa Casa Verde e Amarela. O governo federal investiu R$ 24 milhões, enquanto Mato Grosso do Sul deu contrapartida de R$ 5 milhões. A prefeitura de Campo Grande elaborou o projeto executivo da obra, doou o terreno e pavimentou o acesso ao residencial.
Cada apartamento possui 47 metros quadrados, formado por dois quartos, sala, banheiro e cozinha integrada com área de serviço. O condomínio é dotado de guarita, centro comunitário, playground e quadra poliesportiva, além de vagas de estacionamento para carros e motos.
Mato Grosso do Sul tem déficit habitacional de 71.966 moradias. A estimativa foi feita pela Fundação João Pinheiro/IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).