Relatório aponta que 75% das obras de infraestrutura estão em andamento
Das 22 obras de infraestrutura em aberto na cidade de Campo Grande, apenas sete estão paralisadas. Isso significa que 75,8% dos empreendimentos estão sendo executados, segundo relatório da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).
Conforme o levantamento, das intervenções em andamento, 16 envolvem pavimentação e qualificação de vias com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) II, do Governo Federal, das quais a mais avançada é a do complexo Mata do Jacinto, com 90,72% de execução e a menor é a do complexo Alto do São Francisco, atualmente em 14,36%.
Também prossegue a construção do setor norte do macroanel que ligará as saídas de Rochedo e Cuiabá. O projeto está orçado em R$ 29 milhões e tem previsão para ser entregue em maio de 2016. A obra, segundo a Seinthra, alcança os 57,84% de andamento.
Já estão prontas duas pontes sobre os córregos Botas e Ceroula, além de várias galerias para travessia de água da chuva e riachos.
Após dois anos parada, a obra teve alguns trechos de pavimentação refeitos de acordo com as especificações exigidas pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). O macroanel fica próximo a estância Havai.
Dos 22 km da obra, 10 já receberam asfalto, sendo 9 do trecho que liga as rodovias MS-080 (para Rochedo) e MS-10 (estrada para Rochedinho), restam ainda 800 metros para chegar a MS-10, que ainda não foram feitos porque falta concluir a desapropriação de parte de duas propriedades localizadas neste traçado, onde também será construído um trevo de acesso ao “braço” norte do macroanel.
Travadas – Falta de recursos e problemas com repasses do Governo Federal paralisam a implantação de asfalto e frenagem no Tarumã, residencial Ramez Tebet, Aero Rancho e no Jardim Botafogo. Nesse último, moradores reclamam que as vias ficam intransitáveis quando chove. "Aqui é uma tristeza", diz Paula Alves de Almeida, 55 anos, que com dificuldade empurrava o carrinho da neta de 2 anos em meio à terra e pedras.
"O pó é demais, faz muita falta o asfalto, porque como eu que tenho duas filhas e as duas sofrem com problemas respiratórios, a poeira só prejudica. Uma menina tem asma e a outra bronquite e sempre tenho que correr nos postos de saúde com elas", diz a dona de casa Luciane Ferreira, 29 anos.
Estão paradas também o manejo de águas do Córrego Cabaça e a iluminação dos parques dos Córregos Bálsamo e Segredo.
Apresenta problemas também a urbanização do fundo do Vale do Segredo. A dona de casa Elenise da Silva, 42 anos, mora na região e relata que há inúmeras reclamações. "Aqui não há local para o lazer das crianças. O bairro necessita disso porque quando chega o fim de semana, as crianças não têm onde brincar, e faz falta" declarou.
Ademar Coma,35 anos, encarregado de serviços gerais, reclama da falta de iluminação. "A lâmpada em frente de casa fica acesa de dia e de noite se apaga, o bairro fica num breu só. Segurança, não tem" desabafa.