"Revolta", diz família de entregador morto por ex-namorado de colega de trabalho
Luan acompanhava colega até em casa, quando foram surpreendidos pelo ex dela, que não aceitava o fim
"Revolta". Foi assim que definiu o padrasto de Luan Roberto de Oliveira Oliveira, de 24 anos, assassinado a tiros na madrugada deste domingo (30), no Jardim Colibri 2, em Campo Grande. O garoto acompanhava a colega de trabalho até em casa, quando foram surpreendidos pelo ex-namorado dela, que efetuou vários tiros. A jovem foi socorrida e está internada em estado grave no hospital.
Ao Campo Grande News, o padrasto - que estava na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e pediu para não ter o nome divulgado - contou que Luan trabalhava como motoentregador de uma pizzaria, localizada no Bairro Guanandi, e era a quinta vez que acompanhava a colega até em casa, porque ela já relatava medo de ir sozinha. A informação também foi confirmada pela delegada Rafaela Lobato.
Luan e a menina saíram da pizzaria e ele a acompanhou, cada um em sua motocicleta. "Chegava lá e já voltava, nunca demorou", afirmou o padrasto, que também desconhecia algum relacionamento amoroso entre os dois. "Até onde a gente sabe não tinha", pondera.
Quando estavam chegando na casa dela, foram surpreendidos pelo ex-namorado da menina, identificado como Messias Cordeiro, 25 anos, que ficou de tocaia, de acordo com a polícia. "Ficou aguardando armado", revelou a delegada. Pela dinâmica, Lobato afirma que Luan foi o primeiro a ser atingido. "Com o susto, a vítima [ex-namorada] tentou fugir, mas a poucos metros foi atingida", revela. Messias fugiu correndo a pé e ainda não foi localizado.
Luan foi atingido no tórax, socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu no local. A jovem foi atingida na cabeça e pescoço, teve exposição de massa encefálica e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros em estado grave.
Para a família, o sentimento é de revolta. "Se o cara é um vagabundo, coisa assim, até a gente não se assusta, mas um cara que trabalha, corre atrás das suas coisas, responsável, dá revolta. Ele era um garoto gente boa, honesto e trabalhador, não merecia acabar assim", disse o padrasto. Luan era o filho caçula.