ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SÁBADO  18    CAMPO GRANDE 25º

Capital

"Revolta", diz família de entregador morto por ex-namorado de colega de trabalho

Luan acompanhava colega até em casa, quando foram surpreendidos pelo ex dela, que não aceitava o fim

Dayene Paz e Ana Beatriz Rodrigues | 30/04/2023 09:24
Moto na casa com fita zebrada, encontrada nesta manhã. (Foto: Paulo Francis)
Moto na casa com fita zebrada, encontrada nesta manhã. (Foto: Paulo Francis)

"Revolta". Foi assim que definiu o padrasto de Luan Roberto de Oliveira Oliveira, de 24 anos, assassinado a tiros na madrugada deste domingo (30), no Jardim Colibri 2, em Campo Grande. O garoto acompanhava a colega de trabalho até em casa, quando foram surpreendidos pelo ex-namorado dela, que efetuou vários tiros. A jovem foi socorrida e está internada em estado grave no hospital.

Ao Campo Grande News, o padrasto - que estava na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e pediu para não ter o nome divulgado - contou que Luan trabalhava como motoentregador de uma pizzaria, localizada no Bairro Guanandi, e era a quinta vez que acompanhava a colega até em casa, porque ela já relatava medo de ir sozinha. A informação também foi confirmada pela delegada Rafaela Lobato.

Luan e a menina saíram da pizzaria e ele a acompanhou, cada um em sua motocicleta. "Chegava lá e já voltava, nunca demorou", afirmou o padrasto, que também desconhecia algum relacionamento amoroso entre os dois. "Até onde a gente sabe não tinha", pondera.

Quando estavam chegando na casa dela, foram surpreendidos pelo ex-namorado da menina, identificado como Messias Cordeiro, 25 anos, que ficou de tocaia, de acordo com a polícia. "Ficou aguardando armado", revelou a delegada. Pela dinâmica, Lobato afirma que Luan foi o primeiro a ser atingido. "Com o susto, a vítima [ex-namorada] tentou fugir, mas a poucos metros foi atingida", revela. Messias fugiu correndo a pé e ainda não foi localizado.

Delegada Rafaela Lobato, da Deam, que está à frente da investigação. (Foto: Paulo Francis)
Delegada Rafaela Lobato, da Deam, que está à frente da investigação. (Foto: Paulo Francis)

Luan foi atingido no tórax, socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu no local. A jovem foi atingida na cabeça e pescoço, teve exposição de massa encefálica e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros em estado grave.

Para a família, o sentimento é de revolta. "Se o cara é um vagabundo, coisa assim, até a gente não se assusta, mas um cara que trabalha, corre atrás das suas coisas, responsável, dá revolta. Ele era um garoto gente boa, honesto e trabalhador, não merecia acabar assim", disse o padrasto. Luan era o filho caçula.

Nos siga no Google Notícias