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Capital

Sai exoneração de sargento alvo de operação de cargo de assessor

No sábado (19) o desembargador Paschoal Carmello Leandro concedeu habeas corpus ao sargento

Guilherme Henri | 21/05/2018 08:20
Movimentação em frente à Corregedoria da PM, para o sargento foi levado no dia da operação. (Foto: Fernando Antunes)
Movimentação em frente à Corregedoria da PM, para o sargento foi levado no dia da operação. (Foto: Fernando Antunes)

O sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, 42 anos, preso na “Operação Oiketikus”, foi exonerado a pedido do cargo de assessor. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (21), no entanto, o Campo Grande News já havia divulgado o fato na sexta-feira (18).  

Ele foi preso em flagrante por posse de arma ilegal de uso restrito e obstrução da Justiça em Campo Grande. No entanto, o desembargador Paschoal Carmello Leandro concedeu habeas corpus ao sargento, que saiu do Presídio Militar da Capital no sábado (19).

O flagrante por obstrução à Justiça foi registrado, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), porque o sargento teria destruído dois celulares com a intenção de ocultar possíveis provas no momento que a equipe fazia buscas na casa do militar.

O promotor Fernando Martins Zaupa foi quem testemunhou o momento que a PM teria danificado os aparelhos. No auto de prisão em flagrante, ele relata ter ouvido o barulho que parece com algo sendo quebrado e em seguida, o sargento deixou o banheiro com aparelhos, alegando que estavam quebrados desde o dia anterior.

Além do sargento, também foi publicado no Diário Oficial de hoje, que o soldado Alisson José Carvalho de Almeida foi licenciado para tratamento de saúde. Ele também está entre os 18 praças presos na “Máfia do Cigarro”.

Corrupção - A Operação Oiketikus foi deflagrada na manhã de quarta-feira em 14 municípios de Mato Grosso do Sul. A maioria estava localizada na rota do contrabando de cigarros. A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpriu 45 mandados de busca e apreensão com apoio da Corregedoria da PM.

A remuneração dos envolvidos varia de R$ 1,9 mil a R$ 22,8 mil. Somente os salários dos três oficiais envolvidos, juntos, chegam em cerca de R$ 65 mil. As remunerações dos sargentos Clayton de Azevedo e Jhondinei Aguilera, que era comandante de um grupamento no distrito de Boqueirão, em Jardim, não constam no Portal da Transparência.

Todos os presos estão no Presídio Militar, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste. O governo tirou as funções de confiança dos fociais. O tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva, que era o comandante da 1ª Companhia de Bonito, além de ser dispensado da função de confiança, teve a transferência decretada para o Comando-Geral da PM.

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