ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  21    CAMPO GRANDE 28º

Cidades

Oficiais presos em operação perdem função de confiança na Polícia Militar

Os oficiais são alvos de operação que investiga envolvimento de PMs com o contrabando de cigarros

Anahi Zurutuza | 18/05/2018 08:21
Tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, ao se apresentar à Corregedoria da PM na quarta-feira (Foto: Fernando Antunes)
Tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, ao se apresentar à Corregedoria da PM na quarta-feira (Foto: Fernando Antunes)
Major Oscar Leite Ribeiro, que também foi preso, ao chegar à Corregedoria na manhã de anteontem (Foto: Marina Pacheco)
Major Oscar Leite Ribeiro, que também foi preso, ao chegar à Corregedoria na manhã de anteontem (Foto: Marina Pacheco)

Dois oficiais presos na Operação Oiketikus, deflagrada na quarta-feira (16) contra policiais militares envolvidos com a Máfia do Cigarro, perderam as funções de confiança. A “dispensa”, assinada pelo comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), coronel Waldir Ribeiro Acosta, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (18).

O tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva, que era o comandante da 1ª Companhia de Bonito, além de ser dispensado da função de confiança, teve a transferência decretada para o Comando-Geral da PM, uma manobra para tirá-lo do comando na cidade do interior, já que ele está preso.

Em abril, o tenente-coronel recebeu R$ 25.373,35 de remuneração. O salário do oficial é R$ 22.851,93, mas ele recebeu também R$ 9.432,18 de “remunerações eventuais”, onde deve entrar valor referente à bonificação por exercer função de confiança, conforme consta no Portal da Transferência do governo do Estado.

Também perdeu o cargo de o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa. Ele comandava o 11º Batalhão de Jardim, também foi transferido para o Comando-Geral da PM e foi substituído pelo major Adriano Rodrigues de Oliveira, conforme publicado no Diário Oficial.

O oficial tem salário de R$ 22.851,93, recebeu R$ 2.576,60 de “remunerações oficiais” e R$ 17.586,88 em abril.

Além de Epíndola e Cristaldo Barbosa, o major Oscar Leite Ribeiro também foi preso. Ele comandava 2ª Companhia em Bela Vista, mas foi substituído no início do ano. No dia 11 de abril, o major publicou no Facebook que assumia “nova missão”, a de subcomandante do 4º BPM de Ponta Porã. Por enquanto, o nome dele não apareceu no Diário Oficial.

Operação - A Oiketikus foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira em 14 cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria delas localizada na rota do contrabando de cigarros. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

Ao longo do dia, 20 PMs foram presos, três oficiais e 17 praças. O 18º praça se apresentou à noite. Todos eles já estão no Presídio Militar de Campo Grande.

A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.

Nos siga no Google Notícias