Salva de palmas e tiros marcam homenagens em sepultamento de policial executado
Jorge da Silva, 50 anos, foi homenageado por policiais civis, militares, rodoviários, guardas, citado como profissional exemplar
Cemitério lotado, salva de palmas e tiros marcaram as homenagens na despedida do policial civil Jorge da Silva Santos, 50 anos, conhecido como Jorginho, assassinado ontem, em investigação a roubo de joias, em Campo Grande. Os colegas lembraram a conduta profissional ao longo de 18 anos de profissão.
O cortejo com mais de 200 veículos saiu da Capela Nippon, na rua 13 de Maio, até o Cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia, escoltado por equipes da BPMTran (Batalhão de Policia Militar de Trânsito), da Guarda Municipal e da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
No cemitério, policiais civis e militares, fizeram fila ao longo do corredor onde o caixão foi levado por familiares e amigos. Em todo o trajeto, salva de palmas. Equipe do Batalhão de Choque fez as honras fúnebres, com tiros disparados em direção ao chão.
Pouco antes de baixar o caixão, um policial, colega de Jorge Santos citou passagem bíblica e, em seguida, o diretor-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, lamentou a morte, dizendo que perderam “excelente profissional, excelente policial”.
Vargas também agradeceu às forças policiais presentes na homenagem. “Todos aqui somos iguais, independente de farda ou distintivo”. Também prestou homenagem aos familiares de Jorginho. “Agradeço a família por ceder por 18 anos esse excelente profissional; a segurança pública está enlutada, mas, segue firme”.
Logo depois, todos rezaram Pai Nosso enquanto o caixão era baixado. A cerimônia durou cerca de 40 minutos e mobilizou muitos policiais civis, militares, além de equipes do Corpo de Bombeiros e PRF.
Antônio Marcos Roque e Jorge da Silva Santos, 50 anos, ambos lotados na Derf, foram assassinados ontem a tiros, enquanto investigavam roubo a joalheria ocorrido no dia 21 de maio deste ano.
O autor dos disparos, Ozeias Silveira de Morais, 45 anos, estava na viatura descaracterizada, na condição de testemunha e, por isso, não foi algemado, conforme Lei de Abuso de Autoridade. No veículo, também estava outra pessoa, William Dias Duarte Cormelato, preso por suspeito de envolvimento no roubo. Ele foi imobilizado com algema por ter mandado de prisão em aberto, expedido em 2018, em condenação por violência doméstica.