Advogada mantém versão de preso que testemunhou mortes de policiais civis
Defesa de William Cormelato diz que ele foi preso em condenação por violência doméstica e não teria relação com Ozeias Silveira
A defesa de William Dias Duarte Cormelato alega que o cliente foi surpreendido com os tiros disparados por Ozeias Silveira de Morais, 45 anos, que matou os investigadores Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, e Jorge da Silva Santos, 50 anos, ontem.
A advogada Regina Berni foi esta manhã no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) para falar com William Cormelato. A versão dada é a mesma que ele teria dito em depoimento ontem, logo após ser recapturado.
William tem condenação por violência doméstica de dois anos, um mês e vinte dias de prisão, em sentença dada em 2018. o mandado de prisão estava pendente desde 14 de agosto daquele ano e foi cumprido ontem, por policiais lotados na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).
No caminho, segundo a advogada e conforme a versão do cliente, os policiais buscaram Ozeias Silveira de Morais e atesta que não há qualquer relação entre os dois. No caminho, o homem, que estava armado, sacou o revólver e atirou nos policiais.
“Tudo aconteceu dentro do carro, meu cliente se assustou e saiu correndo”, disse Regina. Imagens de câmeras de segurança mostram a tentativa de fuga de William, algemado, pela avenida Fernando Corrêa.
A versão apresentada difere do que já foi repassado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas. A informação é que os policiais investigavam o roubo a joalheria e chegaram até um dos suspeitos, William Dias Duarte.
Como ele já tinha em aberto mandado de prisão por violência doméstica, foi algemado para ir à delegacia prestar esclarecimentos.
Ozeias também era suspeito do roubo, mas sem mandado de prisão, acabou transportado apenas para averiguações. O que os policiais não sabiam é que ele entrou armado na viatura com revólver calibre 38.