Santa Casa paga salários atrasados e médicos voltam ao trabalho
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a dívida girava em torno de R$ 2,5 milhões
A Santa Casa de Campo Grande pagou os salários atrasados dos médicos e a categoria voltou ao trabalho. De acordo com o Sindmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), a decisão de parar com a greve, além quitar a folha, também compreende em o hospital manter em dia os holerites.
O sindicato afirma que os médicos voltaram a trabalhar, mas caso o salário atrase em julho eles vão parar novamente. A paralisação parcial das atividades dos médicos, que teve início na terça-feira (13) e acabou hoje (15), levou ao cancelamento de 30% dos atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas, na Santa Casa. Todos serão remarcados, segundo a administração do hospital.
"O salário mantém até 5º dia útil. A paralisação acabou, mas caso a Santa Casa não cumpra o salário em dia e não pague as horas extras, eles param de novo", declarou o sindicato por meio da assessoria.
A Santa Casa informou que recebeu o restante do dinheiro que faltava a Prefeitura de Campo Grande repassar e conseguiu pagar os salários dos médicos. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a dívida era girava em torno de R$ 2,5 milhões.
Ao todo, são 750 médicos, entre celetistas, autônomos e pessoas jurídicas, que atendem no hospital e a folha de pagamento do hospital, com todas as categorias, é de R$ 13,5 milhões.
Caso - Na segunda-feira (12), o MPT/MS (Ministério Público do Trabalho) protocolou pedido na 3ª Vara do Trabalho para pagamento imediato de salários, como forma de evitar a greve. Na Santa Casa, são 250 médicos contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e 400 médicos autônomos.
A Santa Casa propôs uma mudança, do atual 5º dia útil mês, para todo dia 20. Assim, explica o hospital, será possível resolver um problema de fluxo de caixa que existe, sendo o período do início do mês o que mais "penaliza" a instituição.
As propostas da Santa Casa foram votadas na quarta-feira (14) pelos médicos, em assembleia do Sinmed no próprio hospital e não foram aceitas pela categoria.