Saúde investiga 3 mortes por dengue este ano, 2 em Campo Grande
A SES (Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul) investiga três mortes por dengue no Estado ocorridas neste ano. Ontem, mais uma pessoa morreu no Hospital Regional com suspeita da doença. A Prefeitura de Campo Grande decretou nesta segunda-feira (21) estado de emergência na Capital, com 9,3 mil notificações de dengue até o último domingo (20).
De acordo com a SES, os casos serão investigados para ter a certeza do diagnóstico das vítimas e confirmar se elas sofriam com outras enfermidades, bem como avaliar o histórico patológico de cada uma.
Duas mortes por dengue que a Secretaria de Saúde investiga ocorreram nesta segunda-feira, no Hospital Regional. Uma é a de Ana Leite Ovelar, 61 anos, que foi confirmado o diagnóstico da doença pela direção do hospital. A outra é a de Oribei da Silva, 64 anos, que ainda não foi comprovada que foi em decorrência da dengue.
No começo de janeiro, a doença causou a morte de Vanderleia de Souza Oliveira, de 45 anos, a primeira registrada este ano e também confirmada pela direção do Hospital Regional.
Último caso – Oribei da Silva morava em Sidrolândia e foi transferido para o Hospital Regional, em Campo Grande, no início da madrugada do último domingo (20). De acordo com o diretor clínico do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, Nilton Renato Couto, a primeira consulta do paciente foi no dia 16 de janeiro, às 4h, e ele se queixava de náusea e dor abdominal.
Ainda conforme relato do diretor do hospital de Sidrolândia, Oribei retornou no dia 18 de janeiro, com dores no joelho e no ombro, mas sem febre. No dia seguinte, ele voltou ao hospital reclamando de mal estar, inchaço nas pernas, dificuldade de urinar e falta de ar.
O paciente fez o exame de hemograma que indicou baixa nas plaquetas. Porém, o diretor clínico do hospital de Sidrolândia afirmou que o hemograma não é característico de dengue, e que a baixa nas plaquetas é em conseqüência do remédio que ele tomava para afinar o sangue.
Segundo Nilton, o paciente sofria de insuficiência cardíaca e problema renal crônico. “O médico que o atendeu colocou que poderia ser dengue por causa das plaquetas, mas ele não estava com nenhum sintoma da doença. Houve uma confusão”, afirmou o diretor do hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa.