Secretário espera por sala de apoio para colocar guardas em cemitérios
Readequação de escala de trabalhos dos guardas garantirá o efetivo para patrulhar cemitérios, mas Pasta espera por reformas previstas pela secretaria municipal de Obras a partir de julho, diz Azambuja
O secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, disse na manhã desta segunda-feira (22) que espera pela construção de salas de apoio, com estrutura adequada, para designar a permanência efetiva da Guarda Civil Municipal nos cemitérios da Capital.
A decisão vem após o Campo Grande News revelar na última sexta-feira que cemitérios importantes da cidade, como o São Sebastião, popularmente conhecido como Cruzeiro, no bairro Coronel Antonino, região norte de Campo Grande, sofrem com o aspecto de abandonado e a depredação. A reportagem flagrou até covas abertas no local, com ossadas à mostra.
Segundo Azambuja, desde que haja locais apropriados nos cemitérios, será cumprido o planejamento do Plano Municipal de Segurança, com a presença 24 horas da GCM nos locais.
“Atualmente a corporação realiza rondas específicas do lado externo, nas ruas no entorno, no período noturno, finais de semana e feriados”, disse o secretário.
Segundo o planejamento traçado em conjunto entre as secretarias de Segurança e Obras, o prazo para a abertura desses espaços é de 90 dias. Mas a partir de julho. Os cemitérios do Santo Antônio, na Vila Glória (região central), e Santo Amaro, na Vila Duque de Caxias (região norte), são os apontados por Azambuja como os mais próximos de terem um local de apoio adequado e por isso devem ser os primeiros a receberem a Guarda.
Problema – Azambuja reconhece, no entanto, que os cemitérios estão sem segurança desde dezembro, quando os vigilantes terceirizados que ficavam nos locais durante a noite e madrugada, foram demitidos com o fim dos convênios com Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar/BR/MS).
Segundo o secretário, os cemitérios também serão contemplados de acordo com a nova escala de trabalho dos guardas, cujo planejamento será traçado para que serviços atendidos pelos convênios sejam feitos pela corporação municipal. Como nos casos já revelados de creches, escolas infantis e unidades de saúde.
"Infelizmente os casos de vandalismo acontecem naõ só em cemitérios, mas em toda a cidade. É uma coisa generalizada", apontou Azambuja.
A partir de julho ficou definido que os guardas terão uma escala única de trabalho, com horas iguais de trabalho e descanso para todos.
Atualmente, são três escalas diferentes, com horas variáveis de trabalho e descanso aos agentes. “Com uma escala única vamos conseguir traçar um programa melhor de atuação do efetivo, buscando colocar à disposição um profissional em cada unidade, respeitando a carga de trabalho dos guardas”, prometeu Azambuja.
Segundo o secretário, a mudança de escala garantirá, ao menos, um melhor aproveitamento do efetivo atual de 1.196 guardas. Mesmo assim, Azambuja afirma não ser possível “patrulhar 100% dos prédios municipais.” A prioridade será em unidades de educação e saúde.
“Readequando o efetivo, planejamos cumprir essa demanda e ainda ampliar as rondas escolares no entorno das unidades com mais incidência de crimes”, completou.
Os convênios entre a Prefeitura e as entidades foram assinados há mais de 20 anos e foram alvo de investigações pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul por supostas irregularidades.