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Capital

Seis guardas municipais são demitidos depois de “problemas disciplinares”

Demissões são resultado de processos “menos graves”, mas ocorrem em meio ao caso de guardas suspeitos de integrarem milícia

Izabela Sanchez | 01/08/2019 09:08
Guardas municipais durante solenidade que marcou a entrega de armamento para 97 profissionais na quarta-feira (1) (Foto: Marina Pacheco)
Guardas municipais durante solenidade que marcou a entrega de armamento para 97 profissionais na quarta-feira (1) (Foto: Marina Pacheco)

A Prefeitura divulgou, no Diário Oficial desta quinta-feira (1), a demissão, assinada pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), de seis guardas municipais. Segundo o secretário municipal de segurança pública, Valério Azambuja - que comentou o assunto durante solenidade da corporação na quarta-feira (31) -, os profissionais foram exonerados por “problemas disciplinares”.

A corporação passa por mudanças, que envolvem, principalmente, o aumento da presença de armas entre os guardas. Na manhã de quarta-feira 97 profissionais receberam identidade funcional e armamento de calibre 38, o que implica, a partir de agora, que mais da metade do efetivo passa a atuar armado: 63%.

A secretaria de segurança pública de Campo Grande espera que 85% do efetivo esteja armado até o mês de setembro. Para que isso ocorra, recebem uma formação, que inclui disciplinas teóricas e aulas de tiro com instrutores. O afastamento dos profissionais também ocorre em meio à investigação que aponta envolvimento de guardas com milícia e apreensão de arsenal.

Os seis profissionais, ainda assim, deixam a corporação por “processos de menor gravidade”, conforme o secretário. “São outros processos de menor gravidade que a Corregedoria está finalizando. Esses casos estão no gabinete do prefeito para assinar o decreto de exoneração nos próximos dias serão exonerados”, comentou Valério, na quarta-feira.

Investigação – Dois dos guardas municipais investigados voltaram à prisão na quarta-feira, após decisão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, além do segurança Flávio Narciso Morais da Silva, são acusados de ameaçar testemunha-chave no inquérito que investiga a origem do arsenal apreendido no dia com Marcelo Rios, que também é guarda municipal.

O arsenal “de guerra” foi apreendido com Marcelo em uma residência do Bairro Monte Líbano no dia 19 de maio. A vítima das ameaças, mulher de Marcelo, passou a ser vigiada pelo trio, segundo as autoridades.

Curso preparatório- Os 97 profissionais que receberam a autorização para trabalharem armados participaram de 137 horas de aulas teóricas e 60 horas de aulas práticas de tiro que começaram a ser aplicadas em junho deste ano. O conteúdo do curso teórico contempla as disciplinas de Ética Cidadania e Direitos Humanos, Uso Diferenciado da Força, Técnicas e Procedimentos de Patrulhamento, Defesa Pessoal e Noções Básicas de Primeiros Socorros.

Para participar da seleção, o candidato deve ocupar um cargo na Guarda Civil Municipal da Capital há, pelo menos, três anos, além de ter ensino médio completo (ou superior devidamente registrado). O servidor também não pode ter sido condenado por um crime, nem mesmo ter seu nome listado em certidão criminal positiva.

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