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Capital

Sem prisão, família espalha ‘procura-se’ pelo suspeito de assassinar Mayara

Enquanto investigação não tem desfecho, familiares vivem angústia

Anahi Zurutuza | 22/09/2017 14:16
Foto de Roberson que está sendo compartilhada nas redes sociais (Foto: Facebook/Reprodução)
Foto de Roberson que está sendo compartilhada nas redes sociais (Foto: Facebook/Reprodução)
Imagem tem o número do plantão da Deam para denúncias (Foto: Facebook/Reprodução)
Imagem tem o número do plantão da Deam para denúncias (Foto: Facebook/Reprodução)

Sete dias depois que Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, foi assassinada, o principal suspeito de cometer o crime, Roberson Batista da Silva, 33, ainda não foi preso, ao menos até onde a Polícia Civil informa para a imprensa e para a família. Enquanto isso, a busca pelo suposto assassino continua.

Os posts feitos pela família da vítima com a foto de “Robinho” ou “Madruga”, como é conhecido, e o alerta de “Procurado” viralizaram nas redes sociais.

A Polícia Civil não confirma se a confecção do cartaz foi da corporação ou de iniciativa popular.

A reportagem tentou contato com a delegada Ariene Murad, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso foi registrado, mas ela não atendeu às ligações. A assessoria de imprensa da Polícia Civil também foi consultada, mas não deu retorno até o fechamento da matéria.

Angústia – Enquanto isso, a família de Mayara vive a agonia de não ver o desfecho do caso. “Eu não estou indo atrás, porque não sou polícia. Mas, não estou nem conseguindo trabalhar”, revelou o pai da jovem, Ademir de Souza Holsback, 43.

Ele, no entanto, continua esperançoso. “Acho que dessa semana não passa, acho que vão colocar a mão neste cara”.

Viviane Holsback, irmã de Mayara, compartilhou imagem nesta sexta-feira (22) (Foto: Facebook/Reprodução)
Viviane Holsback, irmã de Mayara, compartilhou imagem nesta sexta-feira (22) (Foto: Facebook/Reprodução)

O suspeito – Aos 33 anos, Roberson acumula ao menos 35 passagens pela polícia, dez anos de extensa ficha criminal.

Não foi uma única vez que ele cometeu violências contra namoradas e companheiras. Há seis anos, Robinho foi preso por atirar três vezes e quase matar a ex-mulher, sem contar as outras 11 vezes que ele foi denunciado por violência doméstica.

Ele já ficou preso por pelo menos quatro vezes, consta na ficha criminal dele.

Corpo de Mayara sendo retirado da casa dela, no bairro Universitário (Foto: Direto das ruas)
Corpo de Mayara sendo retirado da casa dela, no bairro Universitário (Foto: Direto das ruas)

O crime – Mayara Fontoura Holsback foi morta a tesouradas na noite da sexta-feira passada, dia 15, e o ex-namorado, no caso Roberson, é apontado como principal suspeito do crime, já tratado como feminicídio.

Ele estava preso no Instituto Penal de Campo Grande, recebeu alvará de soltura e foi liberado na quinta-feira (14), um dia antes de a jovem ser morta.

Segundo parentes da vítima, após o crime Roberson ligou para o marido de Viviane Fontoura Holsback, irmã de Mayara, que está preso, e confessou o assassinato: "o serviço está feito", teria dito.

A jovem foi assassinada na casa dela, no bairro Universitário - no sul de Campo Grande. Conforme boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom. Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede).

A tesoura usada no crime foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.

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