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Capital

Semed diz que greve impacta limpeza e merenda, mas não prejudica rotina escolar

Escolas estão se adaptando para manter aulas com 30% dos servidores administrativos efetivos trabalhando

Caroline Maldonado | 01/04/2022 15:28
Merendeira serve refeição em escola municipal de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)
Merendeira serve refeição em escola municipal de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Apesar da greve de servidores administrativos da Educação e de determinada categoria de nível superior, as 204 escolas municipais continuam funcionando nesta sexta-feira (1º), segundo dia de paralisação. Com 30% dos servidores trabalhando, como é definido em lei nos casos de greve, as escolas fazem adaptações para manter a rotina, segundo a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

“Cada unidade tem sua particularidade em relação ao dia a dia. Algumas precisaram de adaptações para atender aos alunos na entrada e saída, outras em relação à limpeza ou à merenda. Ocorre que mesmo com a greve não houve prejuízo significativo no dia a dia escolar. Estão mantidos 30% dos serviços pelos efetivos”, detalhou a Semed, por meio da assessoria de imprensa.

Conforme a secretaria, a falta dos servidores em greve não afeta tanto a rotina escolar porque “grande parte dos servidores que atuam nas funções de monitor de alunos, merendeira, auxiliar de serviços gerais, entre outros, são de processo seletivo e continuam trabalhando normalmente”.

Merenda - Ontem (31), algumas escolas já pediram para os alunos levarem merenda. Uma delas, a Escola Municipal de Tempo Integral Professora Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira, dispensou os alunos. A dispensa ocorreu sem autorização da Semed.

Muitas escolas não sofrem esse impacto nos serviços de merenda, porque têm merendeiros que atuam na rede contratados por meio de processo seletivo, ou seja, não são concursados, portanto não aderiram à greve, conforme a secretaria.

Horários alterados - São 109 mil alunos em toda a rede. Nas escolas de ensino fundamental não há intervalo, com a saída antecipada em 10 minutos. A aula é das 7h às 11h, no período matutino e das 13h às 17h, no período vespertino.

Já nas escolas de tempo integral, a aula acaba às 11h. Os pais foram comunicados previamente. Nas Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil), o dia letivo não foi alterado. Os horários diferenciados vão continuar até o fim da greve.

Paralisação - Os servidores reivindicam reajuste no salário e no auxílio alimentação e incorporação no Programa Profuncionário, em que são oferecidos cursos aos servidores e que possibilita a elevação em 65% do salário-base. Dos concursados, 600 não estão recebendo o valor, segundo o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores de Campo Grande), vereador Marcos Tabosa (PDT).

Conforme Tabosa, o administrativo da Educação tem mais de 2 mil servidores. Já os de nível superior, de várias outras secretárias, são mais 1,6 mil funcionários. Tabosa diz que há 3 anos as categorias reivindicam auxílio-alimentação e o que foi concedido ontem, de R$ 350,00, em publicação no Diogrande (Diário Oficial), não os contempla.

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