Escolas pedem para aluno levar merenda por conta de greve de administrativos
A princípio, aulas devem ocorrer normalmente, porque professores não aderiram ao movimento
Servidores públicos administrativos das escolas municipais de Campo Grande anunciaram greve a partir de amanhã (31) na Capital. As aulas continuarão normalmente, mas serviços como o fornecimento da merenda escolar poderão ficar comprometidos.
É o caso da Escola Municipal Elpídio Reis, que enviou um anúncio aos responsáveis pelos estudantes avisando que amanhã não haverá funcionários para preparar a refeição escolar. “Solicitamos que cada aluno traga sua própria merenda”, emitiu a unidade em nota.
De acordo com o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), 30% dos servidores vão cumprir a carga horária efetivamente e o restante, 70%, vai participar da concentração na Praça do Rádio, às 9h, e depois seguirão para a Prefeitura, onde ficarão acampados.
“A partir de amanhã, entram em greve até conseguir uma resposta do Executivo Municipal”, disse o presidente do Sisem, vereador Marcos Tabosa (PDT).
Além do reajuste salarial, as manifestações reivindicam auxílio alimentação de R$ 500 e cumprimento da carga horária de 30h semanais.
Os profissionais também reclamam de receberem, ainda nos primeiros anos de profissão, vencimentos inferiores a um salário mínimo. Pelo site da transparência da prefeitura, servidores que têm apenas o ensino fundamental, começam recebendo R$ 821,66.
A categoria formada por merendeiras, auxiliares de educação, entre outros, recebeu reajuste no mês passado, conforme publicação em Diário Oficial. O aumento total é de 10,06%, mas escalonado, sendo 5,03% em 1º de abril de 2022 e mais 4,78% a partir de 1º de dezembro deste ano.
Na última sexta-feira (25), os servidores administrativos já haviam paralisado as atividades e feito uma mobilização em frente à prefeitura.