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Capital

Servidores da Funai param e cobram valorização de plano de carreira

Paralisação ocorreu na parte da manhã, mas atendimento do órgão já foi reestabelecido

Clara Farias e Mariely Barros | 19/04/2023 11:50
Servidores em frente à sede da Funai em Campo Grande. (Foto: Mariely Barros)
Servidores em frente à sede da Funai em Campo Grande. (Foto: Mariely Barros)

Na manhã desta quarta-feira (19), servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) de Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nacional convocada pela Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público). Na sede da Funai em Campo Grande, o ato teve inicio às 8h. A organização prevê que a manifestação em Dourados ocorra na parte da tarde. A reivindicação principal da categoria é o plano de carreira indigenista.

Na Capital, a paralisação foi uma forma de reunir os trabalhadores por uma causa que é de todos os servidores públicos, a valorização da carreira. A agente indigenista Keyciane Pedrosa, de 32 anos, contou ao Campo Grande News que os demais ministérios já possuem planos de carreira. "As pessoas desses órgãos possuem perspectiva de progressão e evolução dentro do órgão, como aumento de remuneração. A Funai é um dos poucos que não tem", pontuou a servidora.

Segundo Keyciane, a luta pelo plano de carreira indigenista é feita há mais de 20 anos. "Em diferentes governos e partidos, a Funai nunca foi bem vista, justamente porque mexe com questões não vistas como prioritária pelos governos, como a demarcação de terras e direitos indígenas", relatou a agente.

O dia escolhido pelos manifestantes é simbólico devido ao dia de Luta dos Povos Indígenas, celebrado na data de hoje. A agente relatou que a Funai, em Mato Grosso do Sul, possui sede em Dourados, Ponta Porã e em Campo Grande, sendo que a sede da Capital atende 13 municípios do interior, chegando a cerca de 37 mil indígenas atendidos por somente 36 servidores.

A quantidade de servidores é a mesma desde 2016, segundo Keyciane. Para ela, a alta demanda e o descaso com o órgão contribuem para a diminuição da qualidade do serviço. A paralisação de hoje tem o intuito de pressionar o Governo Federal a aprovar o plano de carreira antes de maio, para que seja incluso o reajuste na lei orçamentária.

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