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Capital

Servidores do MPF paralisam atividades em Campo Grande

Ricardo Campos Jr. | 09/02/2015 13:45
Servidores do MPF cruzam os braços nesta segunda-feira (Foto: Ricardo Campos Jr.)
Servidores do MPF cruzam os braços nesta segunda-feira (Foto: Ricardo Campos Jr.)

Com faixas, cartazes e narizes de palhaço, cerca de 40 servidores da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul paralisam as atividades nesta segunda-feira (9) e fizeram um movimento em frente à sede do órgão, na avenida Afonso Pena, em apoio a uma mobilização nacional da categoria pela recomposição inflacionária dos salários, que segundo eles está defasada há nove anos.

Assembleia durante a tarde irá definir os rumos do movimento no estado. Além da procuradoria, também participam integrantes do MPT (Ministério Público do Trabalho) e MPM (Ministério Público Militar), que também estão envolvidos com a causa.

No interior do estado, até o momento apenas a PRM (Procuradoria da República no Município) de Três Lagoas já se manifestou favorável e entrou em paralisação. Na PRM de Dourados, os servidores se reúnem ainda hoje para definir se também irão suspender as atividades.

“Aqui é a primeira vez que se realiza um movimento como esse e estão todos muito reticentes. No Brasil, 92 unidades do MPF em 14 estados e no Distrito Federal estão parados”, disse ao Campo Grande News Renata Celente, analista processual e porta-voz do movimento em Campo Grande.

Segundo ela, não há representante local do sindicato nacional que defende a categoria e está à frente das negociações com a PGR (Procuradoria-Geral da República) em Brasília. O que causa indignação, segundo Renata, é que os procuradores recentemente conseguiram reajuste salarial, mas os demais servidores do órgão não. O aumento é até colocado na mesma pauta, mas vem sendo retirado e por isso há essa defasagem. “Estamos desamparados”, diz.

Cálculo feito pela coordenação nacional do movimento, conforme a porta-voz, aponta que para recuperar a perda gerada pela inflação aliada à falta de reajuste corretivo representa mais de 50% que a categoria ganha atualmente.

Existem ainda outras reivindicações, como redução da carga horária de oito para seis horas, aumento do auxílio creche e alimentação e enquadramento para servidores em fim de carreira no plano de cargos da instituição. “A nossa chefia aqui se mostrou simpática ao movimento. Parando o MPF, para a Justiça Federal. Os serviços essenciais estão sendo mantidos para não prejudicar a população”, afirma.

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