ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Setor de frigorífico onde vazou amônia continua interditado pelos bombeiros

Empresa tem que apresentar uma Anotação de Responsabilidade Técnica para conseguir liberação do Corpo de Bombeiiros

Yarima Mecchi | 07/04/2017 17:06
Fachada do frigorífico. (Foto: André Bittar)
Fachada do frigorífico. (Foto: André Bittar)

A casa de máquinas, local de onde vazou amônia no frigorífico da JBS localizado na BR-060, saída para Sidrolândia, vai continuar interditada pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, enquanto a empresa não apresentar uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), feita por um engenheiro.

O vazamento de amônia começou na tarde de ontem (6) e de acordo com os Bombeiros foi controlado na manhã desta sexta-feira (7). Uma equipe da corporação esteve na empresa para descontaminar o local e técnicos do frigorífico fazem o reparo nesta tarde.

"Hoje de manhã deram continuidade ao trabalho de ontem. Descontaminamos o local que ficou saturado de amônia. A descontaminação foi com água e fazendo ventilação forçada. O processo serve para poder entrar no local e fazer reparo. Técnicos da empresa estão ainda fazendo o trabalho de reparo", disse a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros.

De acordo com militares, enquanto a empresa não apresentar a ART o setor de máquinas vai continuar interditado, porém o restante das empresa continua funcionando normalmente.

Nota - Por meio de nota a empresa não informou quanto tempo deve enviar o ART aos Bombeiros e nem quanto tempo o local deve permanecer fechado. Confira a nota na íntegra:

"A JBS esclarece que na tarde de ontem (06) houve um vazamento de amônia em sua unidade de Campo Grande (MS), localizada na Rod. BR60, que foi rapidamente controlado. A unidade foi imediatamente evacuada e alguns colaboradores foram encaminhados aos postos de saúde locais. A JBS informa que iniciou a análise para apurar as causas do incidente e retomou as atividades da unidade na manhã de hoje, após liberação do Corpo de Bombeiros", diz a nota.

Carro da perícia da Polícia Civil. (Foto: André Bittar)
Carro da perícia da Polícia Civil. (Foto: André Bittar)
Funcionários no pátio da empresa ontem a tarde. (Foto: Adriano Fernandes)
Funcionários no pátio da empresa ontem a tarde. (Foto: Adriano Fernandes)

Multa - O frigorífico JBS pode ser multado em até R$ 50 milhões pela PMA (Polícia Militar Ambiental). A empresa tem 24 horas para apresentar à polícia o relatório de controle de emissões atmosféricas e de todas as medidas de contingenciamento contra danos ambientais e à saúde dos funcionários.

A polícia esteve no local na manhã desta sexta-feira (7) e por meio de nota informou que a empresa também foi notificada a sanar o vazamento da amônia, recolher e apresentar o plano de tratamento da água residual utilizada na contensão do gás de amônia (NH3).

Com o vazamento cerca de 100 funcionários ficaram feridos e nesta manhã mais dez funcionários voltaram a passar mal e foram levados ao hospital em uma Kombi da empresa.

Após as avaliações, a PMA vai calcular o valor da multa a ser lavrada. O Decreto Federal nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998) prevê multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

Viatura do Corpo de Bombeiros no frigorífico nesta manhã. (Foto: André Bittar)
Viatura do Corpo de Bombeiros no frigorífico nesta manhã. (Foto: André Bittar)

Caso - O vazamento na unidade localizada na BR-060, saída para Sidrolândia, ocorreu logo após o almoço de ontem e deixou cerca de 100 funcionários feridos. Muitos correram para a rodovia, na tentativa de fugir do cheiro forte da amônia.

Nesta manhã o procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho), Celso Fortes, disse que a perícia foi acionada e irá verificar como é feito os procedimentos diários dentro da unidade onde houve o vazamento. Além disso, será instaurado um inquérito para ver se houve descumprimento das normas de segurança do trabalho.

Apenas o setor de máquinas, onde houve o incidente ontem, estava paralisado nesta manhã o que soma aproximadamente um mil trabalhadores parados.

Equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) vai avaliar os dados do vazamento ao redor do frigorífico. Em fevereiro, a unidade do JBS em Batagussu foi multada em R$ 500 mil pela PMA por causar poluição com o vazamento de amônia.

Nos siga no Google Notícias