Sexta de temporal teve registros de alagamentos, quedas de árvore e falta de luz
No Estado, Capital ficou em segundo lugar no que diz respeito à potência de chuva nesta sexta-feira
No ranking dos municípios de Mato Grosso do Sul com maior índice de chuva, Campo Grande ficou em segundo lugar nesta sexta-feira, acumulando de 24 milímetros. Embora o temporal não tenha sido dos mais fortes, pancadas de chuva deixaram ruas da cidade com alagamentos, houve quedas de árvore e falta de energia.
No nível de chuva, Campo Grande perdeu apenas para Rochedo, onde choveu acumulado de 26,6 milímetros. Em Ponta Porã o índice foi de 23 milímetros e Iguatemi 22,6.
Na Capital, por volta das 15h o temporal começou, exatamente como previu o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que emitiu alerta de tempestade para Mato Grosso do Sul. De uma hora para outra, o dia virou noite com as densas nuvens escuras que surgiram no céu.
Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, pacientes foram surpreendidos pela água da chuva invadindo o prédio. Em vídeo foi possível ver a água jorrando do teto, impedindo, inclusive, que os médicos prosseguissem com os atendimentos.
A doméstica Cleuza Teixeira, 47, também levou o marido, de 31, que é cadeirante, para receber atendimento médico e foi surpreendida com as goteiras. “Chuviscou na gente enquanto a gente esperava, é um absurdo isso. A gente está se me molhando e ainda demora pra ser atendido”, relatou.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) alegou que as goteiras se deram devido ao grande volume de chuva desta tarde, ocasionando em um extravasamento da calha e, consequentemente, a água entrou pela laje e escorreu pelas lâmpadas. Disse ainda, em nota, que as equipes de manutenção já foram acionadas ao local, para realizar os reparos paliativos e que a equipe de limpeza secou o local atingido. -
Na Rua Catiguá, que liga a Avenida Guaicurus a diversos bairros da região sul, córrego transbordou e água barrenta encobriu toda a pista. Por causa da situação, motoristas e motociclistas tiveram que se arriscar na travessia.
Na região sul, barracos da favela da Homex, no Bairro Paulo Coelho Machado, ficaram alagados e moradores acumularam perdas. “Vamos dormir na cama molhada. Algumas cobertas ficaram secas e eu vou por pro bebê. Moro aqui há dois meses e já é a terceira vez que alaga aqui”, comentou a doméstica desempregada Yara Guimarães, 33 anos. Ela mora no local com os filhos de 14, 13, 9, 7, 3 e 1 ano de idade.
Perto de lá, no Bairro Los Los Angeles, ruas ficaram alagadas, impedindo a passagem de pedestres. As avenidas Amaro de Castro Lima (conhecida como Dois) e a Sete do Nova Campo Grande mais uma vez ficaram tomadas de barro. Sem outra alternativa, alguns moradores se arriscaram em meio a enxurrada Na região, casas foram invadidas pela água.
No Bairro Ana Maria do Couto casas ficaram sem energia elétrica. Já no Jardim Batistão e no Tijuca, a força do vento derrubou árvores e danificou o telhado de casas.
Na casa da pedagoga Fátima Alves Pereira, de 43 anos, galho de uma árvore Ficus acabou caindo sobre o imóvel e quebrando parte do telhado. “Achei que era um carro desgovernado entrando no meu muro. Fez um barulho muito forte”, contou sobre o momento da queda do galho.
Segundo o meteorologista Natálio Abrão, amanhã (18) o dia deve ser nublado com chuvisco e nevoeiro. No domingo (19), são esperadas chuvas isoladas com névoa úmida na parte da manhã e, à tarde, o sol aparece entre nuvens.