ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  21    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Sindicato fala 320 demissões no transporte coletivo durante pandemia

Presidente do Consórcio havia citado 50 demitidos. Nova audiência de conciliação foi marcada para esta sexta-feira às 16h

Izabela Sanchez | 07/08/2020 08:58
Placa na frente de garagem orienta sobre o que fazer para evitar a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)
Placa na frente de garagem orienta sobre o que fazer para evitar a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)

O SCTTU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) alega que desde o início da pandemia, em março, até a quinta-feira (6), 320 trabalhadores foram demitidos pelo Consórcio Guaicurus, detentor da concessão de transporte coletivo de Campo Grande.

O número foi, inclusive, apresentado por representantes do sindicato durante audiência administrativa de mediação presidida pelo MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) na tarde de quinta-feira.

Segundo a entidade, 150 funcionários foram dispensados “só na última semana”. O número é bem superior que o apresentado pelo empresário João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus em entrevista ao Campo Grande News, que falou em 50 demissões.

Nova audiência – Sem acordo, mas também sem greve na manhã desta sexta-feira (7), empregador e categoria têm nova audiência agendada para esta tarde. Segundo nota sobre a audiência de ontem, o Consórcio deve apresentar documentos referentes às rescisões contratuais ocorridas nos dias 5 e 6 de agosto.

O MPT pede “a listagem dos empregados envolvidos, procedimento das rescisões, valores globais e informação quanto ao uso das opções ofertadas pela Medida Provisória nº 936/2020, convertida na Lei nº 14.020/2020 e regulamentada pelo Decreto nº 10.422/2020), para análise da instituição ministerial e do sindicato laboral”.

Desde abril, o Consórcio tem alertado sobre dificuldade financeira após queda drástica na arrecadação, em decorrência das restrições na circulação de pessoas, medida imposta pela pandemia.

Ainda que a quarentena não tenha medidas rígidas em Campo Grande e o isolamento social tenha índices abaixo de 50%, a receita caiu 30%, segundo o Consórcio.

João Resende também reclamou da possibilidade de lockdown na cidade, a forma mais rígida de controle da pandemia, o que representaria “agravo" na situação “provocando mais demissões”.

Nos siga no Google Notícias