Subcomandante suspeito de assédio sexual volta à ativa por decisão da Prefeitura
Resolução que o afastava saiu em novembro do ano passado; ele também havia perdido as funções de confiança
A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), órgão da Prefeitura de Campo Grande, revogou a resolução que afastou o subcomandante da GCM (Guarda Civil Metropolitana), investigado por assédio sexual contra alunas do curso de formação. A decisão foi publicada no Diogrande desta sexta-feira (10) e ele voltará a atuar na GCM.
Em novembro do ano passado, o subcomandante foi afastado após as denúncias de assédio. Em dezembro do mesmo ano, a prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriotas), revogou os dois decretos que garantiam as funções de confiança dele: coordenador de Operações e de Confiança de Gestor Operacional, na Sesdes.
"Essa revogação trata do retorno do servidor. O prazo de 60 dias se encerrou e ele irá retornar ao serviço. O processo está em andamento, aguardando também investigações por parte da Polícia Civil", explicou o secretário da Sesdes, Anderson Gonzaga.
Apesar de voltar a atuar na corporação, os cargos de confiança, que davam o direito de receber benefícios no salário, já foram ocupados por outro servidor, segundo Gonzaga.
Denúncia - Em novembro do ano passado, a Corregedoria-Geral da Sesdes abriu sindicância investigativa para apurar uma denúncia de assédio sexual envolvendo três guardas civis metropolitanos, instrutores do curso de formação. A denúncia chegou à pasta através do MP (Ministério Público).
O caso começou a ser investigado no dia 27 de setembro quando um candidato/aluno procurou a Sesdes para reclamar de estar sendo prejudicado, pois um instrutor estaria "pegando leve" com outra aluna, sem muita cobrança, inclusive dando carona a ela depois das aulas.
As alunas envolvidas no episódio procuraram a Câmara Municipal e o Ministério Público. Elas revelaram que algumas, inclusive, foram obrigadas a "ficar" com os instrutores, em troca de notas no curso. Após a denúncia, os guardas foram afastados do curso de formação, mas continuaram atuando internamente.