Subcomandante da Guarda suspeito de assédio perde funções de confiança
Decisão foi publicada pela prefeita da Capital, Adriane Lopes, em edição extra do Diário Oficial
O subcomandante da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, suspeito de assediar candidata do curso de formação, perdeu as duas funções de confiança que tinha na Prefeitura de Campo Grande.
Conforme a edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta terça-feira (20), a prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriotas), revogou os dois decretos que garantiam as funções de Coordenador de Operações e de Confiança de Gestor Operacional, na Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social).
A decisão tira o direito dele de receber benefícios no salário pelos cargos de confiança. A medida acontece após a Corregedoria-Geral da Sesdes abriu sindicância investigativa para apurar uma denúncia de assédio sexual envolvendo três guardas civis metropolitanos, instrutores do curso de formação.
O caso começou a ser investigado no dia 27 de setembro quando um candidato/aluno procurou a Sesdes para reclamar de estar sendo prejudicado, pois um instrutor estaria "pegando leve" com outra aluna, sem muita cobrança, inclusive dando carona a ela depois das aulas.
Entenda - As alunas envolvidas no episódio procuraram a Câmara Municipal e o Ministério Público. Elas revelaram que algumas, inclusive, foram obrigadas a "ficar" com os instrutores, em troca de notas no curso.
"(...) a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social determinou, por recomendação em Sindicância Investigativa, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar, suposta conduta irregular de Guardas Civis Metropolitanos, enquanto instrutores escalados para lecionar no curso de formação da GCM, contra as candidatas do curso técnico de formação", diz documento do MP.
Por esse motivo, os guardas foram afastados do curso de formação, mas continuam atuando internamente. A abertura da sindicância foi publicada em Diário Oficial do Município, no dia 11 de novembro.