Suspeita muda depoimento quatro vezes e se complica, diz delegado
Suspeita de envolvimento na morte de Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, 22 anos, Emilly Karoliny Leite, 19 anos, já mudou 4 vezes sua versão sobre o crime. “Ela se complica a cada depoimento”, disse nesta terça-feira (26) o delegado Alexandre Evangelista, responsável pela investigação.
A jovem foi indiciada por homicídio duplamente qualificado e por corrupção de menores. Ontem na delegacia, Emilly admitiu que ela e a adolescente de 16 anos, apontada como a terceira envolvida, desceram do veículo, no local chamado cachoeira do Céuzinho, onde a manicure foi encontrada morta com tiro no rosto.
No seu primeiro depoimento, ela negou envolvimento e disse que as duas ficaram no carro, enquanto Gabriela Antunes dos Santos, 22 anos, suspeita de autoria do crime e que ainda está foragida, desceu com Jeniffer. “Ela ajudou Gabriela, mas diz que desconhecia sua intenção de matar a manicure", detalha Evangelista.
O delegado vai conversar sobre a divergência com a delegada da Deaij (Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude), que apura a participação da adolescente no caso. “Aí vamos decidir se há necessidade de fazer a reprodução simulada do crime”.
Na delegacia, José Roberto Rodrigues da Rosa, advogado de defesa das acusadas, comentou que estava preparando uma estratégia também condicionada a nova declaração de Emilly.
A manicure Jennifer foi encontrada morta no sábado (16) na cachoeira do Ceuzinho, região do Inferninho, a 800 metros da MS-080, saída para Rochedo. Ela foi morta a tiros e seu corpo jogado de uma altura de 25 metros. A vítima foi resgatado após 4 horas de trabalho dos bombeiros.