Suspeitos de morte de policial e de decapitações vêm para a Capital
Eles foram deportados para o Brasil ontem (8) e a polícia suspeita que também estão envolvidos com assassinatos em Campo Grande
Pelo menos quatro membros do PCC suspeitos de estarem envolvidos na execução do policial civil de Ponta Porã serão levados para o Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) em Campo Grande ainda nesta tarde. O Campo Grande News apurou que eles também estariam envolvidos com o “tribunal do crime” que ordenou a decapitação de vítimas na Capital.
Os quatro e outros dois foram deportados para o Brasil ontem (8). Porém, depois de ficarem em Ponta Porã, Mauro Roni Marques de Souza, Leonardo Caio dos Santos Costa, Thiago Bruz de Oliveira e Welington Felipe dos Santos Silva foram levados para Dourados e agora seguem para Campo Grande onde devem ser interrogados.
Eles possuem mandados de prisão no Brasil e a suspeita é que os quatro também estejam envolvidos com decapitações e assassinatos na Capital. A prisão do bando ocorreu na terça-feira (6) de manhã em Ponta Porã.
A reportagem tentou contato com a Polícia Civil, mas foi informada que o caso está em sigilo.
Assassinato – O policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37 anos, ocorreu no início da noite de terça-feira (6) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
Fontes ouvidas pelo jornal ABC Color, o mais importante do Paraguai, revelaram que pouco tempo antes de ser morto com 30 tiros de fuzil AK-47 calibre 7.62 em frente à sua casa na Vila Reno, o policial sul-mato-grossense esteve no quartel da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero.
No local, Wescley teria coletado as impressões digitais de seis brasileiros, membros do PCC, presos na manhã de terça-feira no lado paraguaio da fronteira. O objetivo seria confirmar se os detidos usavam identidades falsas e se eram procurados no Brasil. Ele teria ido ao território paraguaio acompanhado da estagiária da Polícia Civil que também foi atingida pelos tiros, mas está fora de perigo.
Conforme o ABC Color, assim que saiu da sede da Polícia Nacional em Pedro Juan em um Fiat Siena preto descaracterizado, mas pertencente à frota oficial da Polícia Civil, Wescley foi seguido pelos pistoleiros em um Honda Civic e executado no meio da rua.
Para policiais paraguaios, o agente da Polícia Civil sul-mato-grossense já estava na mira da facção criminosa que domina o tráfico de drogas e de armas na divisa com Mato Grosso do Sul. Ele seria responsável em coletar as impressões digitais de bandidos brasileiros presos em Pedro Juan, por isso por jurado de morte pela facção.