Temporal destrói forro e acaba com "point" de idosos para ginástica e pilates
Temporal destruiu forro, causando alagamento no salão e suspendendo aulas diárias dadas a 60 idosos
O temporal de ontem deixou rastro de destruição ainda sem solução na Associação de Moradores do Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, em Campo Grande. O forro do centro dos idosos, anexado à entidade, caiu e o salão usado para as aulas de ginástica está cheio de goteiras, impraticável para uso.
A estrutura foi construída há cerca de dois anos, com apoio da comunidade, empresários e verba da prefeitura. No salão, cerca de 60 idosos são atendidos diariamente, com aulas de ginástica e de pilates. A entidade também tem projeto de oferecer aulas de balé e judô para crianças.
O temporal de ontem levou o forro, deixando grande buraco e a despesa que a associação não tem condições de arcar. O prédio mais antigo, com cerca de 25 anos, é usado para serviço administrativo, atendimentos jurídico e psicossocial, sendo pequeno para as aulas. Além disso, dois sofás molhados na chuva foram levados para um dos cômodos, ocupando ainda mais o espaço restrito.
“Não temos condições nenhuma de atender agora, fora o risco, o teto está cheio de água, com goteira, as paredes com vazamento, precisamos de ajuda para fazer todo o telhado”, disse Maria Conceição, presidente da entidade. O orçamento foi realizado, prevendo de gasto de R$ 80 mil.
Maria da Conceição pede ajuda de empresários e moradores para conseguir angariar a verba para reforma.
A aposentada Julia Marchi, 74 anos, frequenta as aulas de ginástica há 3 anos e ficou sem aula. “Me ajuda muito, tenho problema de coração, a ginástica faz bem, eu tenho que fazer”.
Julia costuma andar cerca de 45 minutos até chegar à associação, como parte dos exercícios pedidos pelo médico. O convívio social, as amizades, também fazem parte dessa receita médica. “A turma é legal, é gostoso, a gente ri bastante”.
Valdir Silveira Maciel, 91 anos, faz parte da turma. Há dois anos, começou a fazer pilates, “Uma hora de aula sem sentar”, se orgulhou. Com marca-passo, recebeu orientação médica para fazer exercícios e hoje, se orgulha da mobilidade que alcançou. “Antes, eu não conseguia levantar nem a perna, hoje, eu faço isso, olha”, disse.
Sem a associação, fica sem aulas e lamentou. “Muitos aqui dependem das aulas para a saúde, não queria que parasse”.