"Tenente Terror" responde a duas denúncias de abusos na Corregedoria
Assessoria de imprensa da corporação não informou do que se trata outro processo contra tenente
André Luiz Leonel Andréa, 2º tenente da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) tem mais um procedimento instaurado na corregedoria da corporação, além da denúncia registrada pelo caso de agressão contra uma mulher, de 44 anos, na cidade de Bonito, cidade distante 257 km da Capital.
Segundo assessoria da PMMS "há um outro procedimento instaurado, no qual o tenente André Luiz Leonel Andréa foi citado". Questionados sobre a data e motivo desse procedimento, a assessoria não respondeu até o fechamento desta matéria.
Sobre a agressão em Bonito, a reportagem procurou o tenente André Luiz por ligação, mas ele preferiu não se manifestar.
"Acho melhor eu não falar nada, se quiserem, podem tentar falar com meu advogado, ele é quem responde em meu nome", explicou André.
Rui Gibim Lacerda é o advogado responsável pelo caso do "tenente-terror", como ficou conhecido André Luiz. Após várias ligações não atendidas, Rui Lacerda respondeu a mensagem enviada pela reportagem por whatsapp. "Na realidade algumas inverdades vem sido ditas por parte da denunciante e os pontos controvertidos serão devidamente esclarecidos no curso da investigação que será realizada", disse o advogado.
Questionado sobre uma possível entrevista, para explicar quais seriam essas inverdades, Rui agradeceu e não quis se manifestar.
"Agradeço a preocupação, mas nós só iremos nos manifestar nos autos, ocasião em que demonstraremos que os fatos não se deram como vem sendo narrado pela denunciante", finalizou o advogado de André Luiz.
O tenente, e outro PM envolvido no caso de Bonito, seguem afastados de suas funções, por ordem do Governador Reinaldo Azambuja. O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria da PM, que informou não haver novidades até a data de hoje (26).
Caso de Bonito - As imagens gravadas por câmeras de segurança do quartel da Polícia Militar mostram o policial empurrando a mulher contra a parede. Ela tenta se defender com os pés, mas acaba apanhando com tapas, depois socos e chutes. Na cena, outro PM ainda parece segurar a mulher na cadeira para que o colega continue batendo.
Tudo começou por conta de um pedido em restaurante de Bonito, que atrasou. Mãe de criança autista, a vítima disse que reclamou da demora, admitiu que perdeu o controle, mas contou que foi tirada pelos cabelos do hotel onde estava hospedada, durante a comemoração do aniversário. Por ser a única responsável com as crianças, os filhos foram levados para um abrigo.