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Capital

Teste com máquina que suga fêmea de mosquito começa amanhã

Natalia Yahn | 22/02/2016 11:41
Mosquito Magnet é a máquina que "engole" as fêmeas do Aedes. (Foto: Fernando Antunes)
Mosquito Magnet é a máquina que "engole" as fêmeas do Aedes. (Foto: Fernando Antunes)

A máquina que “engole” a fêmea do mosquito Aedes aegypti – que transmite dengue, zika e chikungunya – vai começar a ser testada amanhã (23), no bairro Cabreúva, em Campo Grande. O funcionamento é experimental e será monitorado por 30 dias.

O aparelho Mosquito Magnet foi apresentado esta manhã (22), no prédio da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, por representantes do Instituto Seiva Brasil – com sede na Capital –, que atua na área de inovações tecnológicas.

Outra armadilha para o mosquito, batizada de “Flying Insect Trap”, também foi mostrada para os técnicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

O Mosquito Magnet custa aproximadamente R$ 10 mil e o “Flying Insect Trap” R$ 600. Os dois equipamentos funcionam de formas parecidas atraindo a fêmea do mosquito. Mas enquanto o primeiro usa ácido lático – composto orgânico produzido pelo corpo humano – para atrair o vetor, o outro utiliza uma lâmpada e também ondas sonoras (perceptíveis apenas para o mosquito).

Apenas a fêmea hematófaga – que se alimenta de sangue –, é atraída pelo composto utilizado na máquina. "A fêmea pica porque precisa da proteína do sangue para se reproduzir, o macho só se alimenta da seiva das plantas", explicou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário

Os dois aparelhos são fabricados nos Estados Unidos, precisam ser instalados de forma fixa (ao abrigo da chuva) e ter manutenção semanal para continuar operando com eficácia. O Magnet, que suga o inseto, tem abrangência de 4 quilômetros e promete “atrair e matar mosquitos”. Caso aprovado ele poderá ser instalado em lugares de grande circulação de pessoas como escolas, creches, postos de saúde e até mesmo estádios.

Já o “Flying” tem eficácia de apenas 100 metros, e é mais indicado para ser usado em residências. A empresa Mosquitron, responsável pela importação dos equipamentos, deverá disponibilizar mais um lote com 2,7 mil unidades da armadilha doméstica nos próximos 10 dias.

Flying Insect Trap" foi outra armadilha apresentada hoje pela gestora de projetos do Instituto Seiva Brasil, Gracita Santos Barbosa. (Foto: Fernando Antunes)
Flying Insect Trap" foi outra armadilha apresentada hoje pela gestora de projetos do Instituto Seiva Brasil, Gracita Santos Barbosa. (Foto: Fernando Antunes)

O coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário, informou que o Mosquito Magnet será testado por 30 dias para então ser formalizada a aquisição pelo Governo do Estado. “Precismos confirmar a capacidade de sucção, a eficácia, e se vai atender nossas necessidades, para então adquirirmos”, afirmou.

A gestora de projetos do Instituto Seiva Brasil, Gracita Santos Barbosa, explicou que trabalha agora para reduzir o valor dos aparelhos. “Queremos que o Ministério da Saúde reconheça ambos como utilidade pública. Se isso acontecer os impostos para importação serão reduzidos. No caso da armadilha residencial (“Flying”) o preço poderá diminuir até 40%”, explicou.

Ela disse ainda que os aparelhos já foram testados em outros lugares como em Valinhos e Campinas – ambos municípios em São Paulo –, e também em Recife (PE) e Maceió (AL). “Estou apresentando mais uma possibilidade para combater a dengue. É uma máquina sustentável, utiliza apenas quatro pilhas e um botijão de gás durante um mês inteiro”, explicou Gracita.

A partir de amanhã (23) o equipamento começa a funcionar, em um local ainda não revelado pela SES e pela Sesau. Técnicos da área vão monitorar diariamente o aparelho Mosquito Magnet, para fazer a contagem dos mosquitos sugados. “Se for eficiente podemos adquirir e recomendar para que os demais municípios tenham também”, afirmou o coordenador da SES, Mauro Lúcio.

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