Mosquito transgênico não substitui outras formas de combate, diz especialista
A utilização do mosquito transgênico no combate ao Aedes aegypti não substitui os métodos de controle de infestação e eliminação de focos já usados pelo poder público no combate à epidemia de dengue e outras doenças transmitidas pelo inseto. O alerta é do coordenador estadual do controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, que recebeu nesta quarta-feira (20) representantes da Oxitec, empresa que desenvolve o "Aedes aegypti do Bem".
Segundo ele, população não pode interromper as ações de limpeza nas residências. Nem a administração pública irá cancelar os diminuir as visitas domiciliares feitas pelos agentes de endemias, complementa.
"É preciso ter em mente que essa tecnologia é um apoio, apenas mais um método que vai somar forças", ressalta. O alerta também é dado por Cláudio Fernandes, gerente de Negócios da Oxitec, empresa que desenvolveu a tecnologia de combate ao Aedes Aegypti através da utilização de mosquitos geneticamente modificados.
As ações tradicionais de combate, como o fumacê, mutirões para limpeza de terrenos e campanhas de conscientização da população são mantidas, já que a tecnologia é adotada apenas em bairros com alta incidência do mosquito e por um período determinado.
"O nosso carro-chefe será sempre a atuação do agente. Ele é quem, de fato, muda o comportamento das pessoas, mostrando a importância de evitar o surgimento de criadouros em casa, evitando a epidemia", diz Mauro Lucio.