Touro "Budu" foge de chácara, invade condomínio e acaba morto preso a cordas
O animal foi laçado pelos bombeiros, ficou preso até os donos resgatarem, mas acabou tentando se soltar e morrendo enforcado
Repleto de crianças, o condomínio Patrícia Galvão, na saída para São Paulo, teve uma noite incomum neste sábado (11). Foi “invadido” por um touro de mais de uma tonelada que, depois de assustar a comunidade, acabou laçado por bombeiros, amarrado a uma árvore e, por volta de uma da manhã, acabou morrendo por enforcamento.
O animal fugiu de chácara nas proximidades do condomínio, já perto da área rural da cidade. A dona, de 50 anos, que não quis se identificar, disse que, depois de o boi ser capturado, deixou alguém para cuidar dele até providenciar a retirada do local hoje. “Mas ele se agitou demais com os trovões e a chuva e tentou se soltar das cordas”, afirmou.
De acordo com a major do Corpo de Bombeiro de Bombeiros Karoline Rodrigues Ribeiro, três bombeiros trabalharam na ocorrência e foi preciso uma hora e meia para laçar o bovino. O tamanho dele dificultou a operação. De acordo com a oficial, a dona esteve presente o tempo todo e os militares só saíram do condomínio, após ela se comprometer a resolver a situação logo pela manhã.
Porém, segundo a proprietária, com a movimentação para se soltar, o touro acabou se enforcando nas cordas usadas para prendê-lo. Uma estava nos chifres e outra no pescoço.
"Budu", como era chamado o animal, foi retirado só agora cedo. Conforme a reportagem apurou no local, ele seria levado por um fretista a terreno próximo e lá, carneado.
"Susto" - O motorista Gildo Ribeiro de Lima, 39 anos, viu o touro solto na Avenida dos Cafezais por volta das 20h. “Bem na hora que vi, um motoentregador entrou no condomínio e ele foi atrás”. Gildo diz que já conhecia Budu e sabia quem eram os donos. Como o susto foi grande, o Corpo de Bombeiros foi logo acionado.
Havia medo de ataques às crianças e adultos, mas o animal, segundo os testemunhos, não chegou a avançar contra as pessoas. A dona disse ter ido o mais rápido possível para o lugar.
Entre os moradores, o principal questionamento apresentado foi em relação ao fato de o animal ter ficado tanto tempo amarrado. A dona disse que providenciaria o resgate, mas durante a noite teve dificuldades, por isso deixou para hoje cedo. Não deu tempo. Cerca de 500 moradores vivem no condomínio Patrícia Galvão com 365 casas.
Pena - Pelo Código de Posturas do Município de Campo Grande, deixar animais soltos é passível de punição, inclusive multa. Além disso, também configura contravenção penal de omissão de cautela e guarda de animais. A pena para "quem deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso" é de prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa.