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Capital

Três dias antes de ser morta, jovem fez post de luto para “G7” do PCC

Carolina estava sentada com as amigas em frente de casa quando foi baleada, na Rua Independente

Viviane Oliveira | 01/09/2020 07:16
Carolina foi assassina com 4 tiros, um deles na região do olho (Foto: reprodução/Facebook) 
Carolina foi assassina com 4 tiros, um deles na região do olho (Foto: reprodução/Facebook)

Três dias antes de ser assassinada com quatro tiros, Carolina Leandro Souto, 23 anos, fez um post de luto para Cleyton dos Santos Medeiros, 30 anos, conhecido como “G7” ou “Doido”, morto em confronto com policiais durante a Operação Regresso, deflagrada na última sexta-feira (28), em Campo Grande.

“Logo você em neguinho puts cleitinho como te chamava (sic)”, lamentou a jovem ao compartilhar nas redes sociais uma das notícias sobre o caso.

Conforme a investigação, o rapaz exercia a função de “sintonia geral do progresso” do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, ou seja, era o “responsável pelo gerenciamento das atividades criminosas que geram lucro à facção criminosa”. Era considerado “extremamente perigoso”.

Cleyton foi morto durante confronto com policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) (Foto: reprodução/Facebook) 
Cleyton foi morto durante confronto com policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) (Foto: reprodução/Facebook)


Carolina foi morta no fim da manhã desta segunda-feira (31), quando estava sentada com as amigas em frente da casa onde vivia, na Rua Independente, no Jardim Aero Rancho, próximo a um campo de futebol. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a UBS (Unidade Básica de Saúde), mas não resistiu. O óbito foi constatado às 10h12. A vítima apresentava lesão próximo ao olho esquerdo, na lateral do abdômen esquerdo, no ombro e na coxa direita. A principal suspeita de ter cometido o crime foi identificada como Nayara Francine Nobrega dos Santos, 22 anos. Policiais fizeram buscas, mas até o momento a jovem não foi localizada.

Conforme boletim de ocorrência, a autora mantinha contato com a vítima por morar no mesmo bairro e as duas haviam discutido por motivos que ainda serão apurados. Segundo relatos de testemunhas à polícia, foram feitos de cinco a seis disparos em direção a Carolina. Logo após o crime, Nayara fugiu e ainda não foi localizada. Os policiais fizeram buscas na região, mas sem sucesso.

Familiares disseram à polícia que não sabiam o motivo do crime, mas tinham conhecimento de que a autora importunava Carolina no bairro. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol, mas será investigada pela 5º DP.

Filmagem - Enquanto aguardava socorro, ainda no local do crime, Carolina foi amparada por amigos. No mesmo momento, um homem gravou vídeo em que mostra a vítima desacordada e sugere a alguém, chamado "Breno", que as imagens sejam enviadas ao “quadro disciplinar”, alusão ao setor do PCC. Carolina deixou dos filhos pequenos.

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