Tribunal de Justiça anula processo de falência da Bigolin
Agora, o grupo terá prazo largo para quitar dívidas, inclusive as trabalhistas, por exemplo
Por unanimidade, desembargadores da 2ª Câmara Cível confirmaram a anulação da falência da Bigolin e aceitaram o plano de recuperação judicial das empresas na manhã desta terça-feira (20). Agora, o grupo terá prazo largo para quitar dívidas, inclusive as trabalhistas, por exemplo.
No dia 14 de março, o juiz decretou a falência do Grupo Bigolin, formado por cinco empresas, e mandou lacrar as lojas e bloquear bens. A decisão foi o desfecho de um pedido de recuperação judicial feito em 11 de fevereiro de 2016.
Naquele ano, o grupo empresarial informou que tinha dívidas de R$ 54 milhões. A justificativa foi o aumento da concorrência, que resultou na redução dos preços, investimento pesado em merchandising e redução de projetos de moradia, como o programa Minha Casa, Minha Vida.
De lá para cá, a situação financeira do conglomerado não melhorou. De acordo com a administradora judicial Pradebon e Cury, em março, as empresas tinham 750 credores e a previsão é que as dívidas alcançassem R$ 100 milhões.
A defesa recorreu da decisão do 1º grau e em 21 de março, o desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Vilson Bertelli, anulou a falência. No dia seguinte, as lojas Bigolin em Campo Grande reabriram as portas.
A Bigolin nasceu em 1955 no Rio Grande do Sul, mas foi em 1982, com a inauguração da matriz em Campo Grande, que se tornou um grande grupo. Os negócios foram expandidos para o interior e Estados vizinhos, até o início da crise econômica em 2013.