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Capital

Usuários querem redução de canteiro para corredor de ônibus no Centro

"Vamos ter que brigar, não podemos deixar a população sofrendo", diz presidente da Ussiter

Aline dos Santos | 01/07/2019 08:45
Abaixo-assinado lidera pedido para faixa exclusiva de ônibus na Afonso Pena, no Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Abaixo-assinado lidera pedido para faixa exclusiva de ônibus na Afonso Pena, no Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com corredores de ônibus previstos para vias como Bandeirantes e Brilhante, a Ussiter (União Sul-mato-grossense dos Usuários do Sistema Integrado de Transporte Urbano e Estadual Rodoviário) lidera abaixo-assinado para recuo de um metro no canteiro da avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, abrindo caminho para passagem dos veículos dos transporte coletivo. Entretanto, o canteiro central é tombado como patrimônio histórico-cultural e paisagístico.

“Vamos ter que brigar, não podemos deixar a população sofrendo. A cidade tem que ter transporte de qualidade. Tem que ir e vir com segurança. Não adianta novos corredores se não mexer ali, na Afonso Pena com a 13 de Maio”, afirma o presidente a Ussiter, Antônio Aparecido Duarte.

De acordo com ele, o estrangulamento do tráfego faz com que os passageiros do ônibus sofram com atrasos. “Eles reclamam com razão. São 20 minutos da Antônio Maria Coelho até à praça. Não vai prejudicar o canteiro, fica bonito do mesmo jeito. Nós temos que brigar e são várias lideranças juntas”, diz Duarte. A Ussiter reúne os documentos para formalizar o pedido à prefeitura de Campo Grande.

Presidente da Ussiter, Antônio Duarte defende mudanças para ponto de estrangulamento do tráfego  em avenida.
Presidente da Ussiter, Antônio Duarte defende mudanças para ponto de estrangulamento do tráfego em avenida.

Exclusivos – Solução para ampliar a a velocidade média dos ônibus de 15 km/h para 25 km/h, as faixas exclusivas existem em poucos pontos da cidade, como no trecho da Rui Barbosa que passa pelo Centro, na avenida Afonso Pena perto do Shopping Campo Grande e na extensão da avenida Duque de Caxias.

No papel, são 58 quilômetros de corredor exclusivo para ônibus, dotados com semáforos inteligentes e pontos de paradas a cada 400 metros, que significariam ganho de 25% no tempo médio da viagem. Contudo, a infraestrutura não foi implantada.

No quesito obras, ainda era previsto construir quatro terminais – Cafezal, Tiradentes, Parati e São Francisco. Na ativa, mesmo com a projeção de aumento de passageiros, eles resultariam na redução de 12 ônibus, correspondendo a menos 55.079 quilômetros rodados por mês.

No ano passado, o transporte coletivo fez 48 milhões de viagens em Campo Grande. A frota tem 570 ônibus, que devem ter reforço de 55 novos veículos. Por dia, são transportadas 200 mil pessoas.

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