Venda de áreas públicas pode gerar renda de R$ 40 milhões para prefeitura
No entanto, antes de qualquer processo, o município ainda vai analisar a situação de cada terreno público
A Prefeitura de Campo Grande prevê arrecadar de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões com vendas de áreas públicas. No entanto, antes de qualquer processo de venda, o município precisa revogar a doação de alguns terrenos e concluir a análise deles, disse o chefe do Executivo municipal, Marquinhos Trad (PSD), nesta quinta-feira, dia 14.
"Só serão levadas à licitação (para venda) as áreas que receberem parecer favorável da comissão. A previsão é que o volume de dinheiro seja de R$ 30 a R$ 40 milhões". O prefeito se refere a um grupo criado por ele em março para este fim.
Atualmente, a prefeitura tenta, por meio de projetos na Câmara Municipal, revogar a doação de uma área de 7 mil m². Deste total, 5 mil foram destinados para a Arquidiocese de Campo Grande, que iria construir a Igreja Nossa Senhora Abadia.
O restante do espaço foi doado para o Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Su). As áreas estão localizadas entre o cruzamento das ruas Raul Pires Barbosa e Augusto Antônio Mira, no bairro Chácara Cachoeira, região nobre da Capital.
Neste caso, o terreno não deve ser vendido, pois, de acordo com o prefeito, ali é o único espaço público que a prefeitura tem. "Se eu não tiver condição de construir, outra administração, que por ventura, tiver melhores condições financeiras, edifique mais para frente". Somente este local, custa em média R$ 3 milhões, disse.
Reintegração - Em uma edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), a Prefeitura oficializou a reintegração de posse de duas áreas, depois que a Justiça determinou a desocupação no fim de 2016.
Trata-se do espaço cedido para construção da Igreja Adna (Igreja Assembleia de Deus – Nova Aliança do Brasil), fundada pelo ex-prefeito de Campo Grande e pastor evangélico, Gilmar Antunes Olarte, e Loja Maçonica Colunas da Lei.
O prefeito acredita que, se a Câmara Municipal rejeitar a revogação das áreas no bairro Chácara Cachoeira, o próprio MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) entre com uma ação ou medida, como fez no passado.