Vereadores contestam 15 anos de concessão para parquímetro no Centro
Proposta prevê prorrogação do contrato por igual período para a empresa vencedora, podendo chegar a 30 anos
Vereadores de Campo Grande estão contestando o prazo de concessão para a nova empresa que atenderá o estacionamento rotativo do Centro. Conforme o Projeto de Lei n°34 enviado pelo Executivo Municipal à Câmara, o contrato é de 15 anos podendo ser prorrogado por igual período, ou seja, chegando a 30 anos. A proposta deve ser votada na próxima semana.
Durante a sessão desta terça-feira (12), o vereador Paulo Lands (Patriota) disse que ainda não leu o projeto, mas mesmo assim resolveu reclamar do prazo. “É muito difícil encontrar uma vaga no Centro, então, é importante ter a rotatividade. Mas essa questão dos 15 anos que está previsto no projeto pode fazer com que a empresa se acomode e não faça melhorias. Então, acredito que isso pode ser discutido entre os vereadores para fazermos uma emenda”, pontuou.
A vereadora Luiza Ribeiro (PT) avaliou como negativo o projeto, pela volta da cobrança. “É um grande prejuízo para o Centro, porque vai cobrar pelas vagas”, disse.
Ela também questionou sobre o tempo do contrato. “Ainda por cima pode ser prorrogado por mais 15 anos, totalizando 30. É muito tempo“.
A retirada dos parquímetros também tem sido motivo de reclamações de lojistas e clientes, pela falta de vagas na região central.
O contrato com a Metropark Administradora Ltda., a Flexpark, firmado em 22 de março de 2002, foi encerrado em março de 2022. A empresa cobrava pelo estacionamento no quadrilátero da Avenida Fernando Corrêa da Costa à Avenida Mato Grosso e da Avenida Calógeras à Rua Padre João Crippa. Ao todo, eram 2.458 vagas para veículos nesta área.
Conforme já noticiado pelo Campo Grande News, as vias públicas de Campo Grande poderão ter 6.209 parquímetros cobrando por vagas de estacionamento rotativo, ainda este ano.
O aumento é previsto em estudo preliminar coordenado pela Agereg e Agetran, que também estipula em R$ 4,40 o valor da tarifa para utilizar as vagas.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura sobre os questionamentos levantados pelos vereadores, mas até a publicação não houve retorno. O espaço segue aberto.
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