ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Novas brigas judiciais do antigo parquímetro envolvem R$ 23 milhões

Município quer devolução de R$ 3,5 milhões e empresa, pagamento de reequilíbrio de R$ 20 milhões

Lucia Morel | 10/09/2023 11:57
Aplicativo que funcionava quando o parquímetro estava em vigor. (Foto: Arquivo)
Aplicativo que funcionava quando o parquímetro estava em vigor. (Foto: Arquivo)

A briga continua e mais duas ações movimentam o Judiciário relacionadas ao antigo serviço de estacionamento rotativo de Campo Grande, que envolve a prefeitura e a Flexpark, dirigida pela Metropark Administração Ltda. O município quer bloqueio de R$ 3,5 milhões referentes a valores pagos por consumidores e não devolvidos. A empresa quer pagamento de R$ 20 milhões relacionados à ação de 2018 de reequilíbrio econômico-financeiro.

A Agetran (Agência Nacional de Transporte e Trânsito) já havia pedido na Justiça que a Flexpark prestasse contas dos valores devolvidos aos consumidores. Desta vez, a agência quer o bloqueio do valor que não foi ressarcido, avaliado em R$ 3,5 milhões.

Conforme o pedido da Agetran, o objetivo do bloqueio é cumprir o que o município decretou em março de 2022, quando o serviço de estacionamento rotativo foi suspenso, que previa que os valores não usados ficariam de crédito para utilização junto a uma futura empresa que venha  a realizar o serviço.

Segundo o pedido da Agetran, que corre na 1ª Vara de Fazenda Pública, “a finalidade é de preservar e resguardar os direitos de toda municipalidade com a finalidade de mitigar uso indevido e ilegal dos valores, para atender a previsão legal do Art. 2º decreto municipal n. 15.154, de 21 de março de 2022, com o fito de evitar prejuízo aos usuários”.

Já a petição da Flexpark está em ação de 2018 que previa o reequilíbrio econômico-financeiro da empresa. O caso foi levado às instâncias superiores e transitou em julgado em junho deste ano. No processo, a então concessionária questionava não ter havido reajustes anuais conforme previa contrato com a prefeitura e a Justiça acatou as alegações.

“O que houve ao longo dos mais de 15 anos de concessão foram três reajustes da tarifa da concessão, mediante revisão unilateral, que não observou a necessidade de instauração de processo administrativo, com vistas a garantir a Autora o exercício do contraditório e da ampla defesa”, questionou a defesa da Flexpark.

Assim, agora, em ação de liquidação de sentença, a empresa cobra R$ 20.007.577,78 do município conforme levantado pelo Instituto Brasileiro de Estudos Científicos em julho deste ano, a pedido da antiga concessionária. O pedido tramita na 4ª Vara de Fazenda Pública e ainda não foi apreciado pelo magistrado responsável.

Recentemente, a Flexpark informou à reportagem que estava devolvendo valores reivindicados pelos consumidores. A empresa administrou o estacionamento rotativo na cidade por 20 anos. O contrato foi firmado em 22 de março de 2002 e encerrado em março de 2022. Ele envolvia o estacionamento no quadrilátero da Avenida Fernando Corrêa da Costa à Avenida Mato Grosso e da Avenida Calógeras à Rua Padre João Crippa, com 2.458 vagas.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias

Veja Também