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Capital

Vereadores se dividem sobre projeto de criar residencial em hotel

Vereadores apontam incentivo ao comércio e redução do déficit habitacional como pontos favoráveis; outros, criticam custo da obra

Silvia Frias e Fernanda Palheta | 20/08/2019 12:37
Adaptação de antigo hotel em condomínio foi um dos assuntos dominantes na sessão da Câmara,
hoje (Foto: Fernanda Palheta)
Adaptação de antigo hotel em condomínio foi um dos assuntos dominantes na sessão da Câmara, hoje (Foto: Fernanda Palheta)

O custo da adaptação do antigo Hotel Campo Grande em 117 apartamentos de 30 m² é o principal questionamento dos vereadores hoje, durante sessão na Câmara Municipal. Os favoráveis dizem que o projeto terá como consequência benefícios econômicos para comércio na região central.

O vereador Otávio Trad (PTB) usou a tribuna para dizer que o projeto vai “unir o útil ao agradável”. Segundo o parlamentar, vai transformar um local há muito fora de uso em unidades populares, fomentar o comércio e revitalizar o centro.

A mesma ideia foi defendida pelo vereador Carlos Augusto (PSB), citando exemplos de verticalização habitacional já executados em São Paulo, no governo de Paulo Maluf. O mais famoso é da década de 1990, o Projeto Cingapura, de urbanização das favelas da cidade, com entrega de 20 mil unidades habitacionais.

O vereador João César Matogrosso (PSDB) acredita que projeto irá reduzir o déficit habitacional. Além disso, na avaliação dele, o Plano Diretor da cidade possibilidade a ocupação na região central e não somente nos vazios urbanos. O custo não será alto, pois a região central já tem a estrutura disponível, com saneamento, asfalto e unidades de saúde e escolas próximas.

É justamente o custo dessa adaptação o principal questionamento de outros vereadores ouvidos pela reportagem. André Salinero (PSDB) ainda não tem opinião totalmente formada sobre o assunto, mas diz que é preciso avaliar se o recurso previsto não poderia ser melhor aplicado na ocupação de vazios urbanos. “No hotel só tem quarto e banheiro, não tem despensa, sala, precisaria de reforma grande”.

Para o vereador Valdir Gomes (PP), o resultado desse gasto é que a moradia pode não ser viável para pessoas de baixa renda, fugindo do propósito dado pela prefeitura, de beneficiar quem está na faixa residencial 1, com até três salários mínimos.

O vereador Vinícius Siqueira (DEM) citou o antigo encanamento de metal como um dos exemplos de como a antiga estrutura pode requerer alto custo para atender às exigências atuais de moradia segura. “Você tem que reformar uma estrutura abandonada há muitos anos e com vários problemas, é preciso ver a viabilidade disso”.

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