Vídeo mostra briga que terminou com morte de segurança de casa noturna
Justiça negou pedido de liberdade provisória de rapaz preso pelo crime
Vídeo disponível no Youtube mostra o momento da agressão do segurança Jeferson Bruno Gomes Escobar, 23 anos, que foi morto no último sábado (19) em uma casa noturna da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
As imagens vão desde o momento que o segurança Jeferson tira do estabelecimento o cliente Christiano Luna de Almeida, 23 anos, até a briga ocorrida na calçada. O jovem resiste a retirada e é jogado no chão, quando recebe um chute de Jefferson.
Depois da confusão, o segurança demonstra mal estar e sai do ângulo de visão da câmera é minutos depois reaparece carregado por um amigo, se sente mal e morre antes mesmo de ser encaminhado ao hospital.
Testemunhas serão ouvidas amanhã, na 1ª DP (Delegacia de Polícia). A previsão é que os depoimentos comecem às 9 horas.
Entre as testemunhas que devem prestar depoimento amanhã está o segurança que tentou prestar socorro a Jeferson.
Jeferson morreu na calçada da casa noturna onde trabalhava há três meses. Ele e o também segurança Marcelo Lima da Silva, 32 anos, faziam serviços no pub desde a inauguração, há três meses.
Marcelo tentou socorrer o colega de trabalho, mas não foi possível. O funcionário da casa noturna conta que depois de fazer “brincadeiras” com garçons e algumas clientes que estavam no local, Christiano foi advertido por Jeferson.
Ele importunou os garçons pela terceira e, somente então, foi retirado do prédio por Jeferson.
Houve uma briga na calçada e Christiano, que é treinador de Jiu Jitsu, atingiu o segurança com o um chute e um soco no peito, segundo a Polícia.
Marcelo conta ainda que, com Jeferson caído no chão, Christiano imobilizou a vítima com o braço no pescoço e desferiu mais golpes, versão que será investigada em inquérito policial.
Christiano deixou o local e foi para a casa, no Bairro Chácara Cachoeira, área nobre de Campo Grande.
Foi na residência onde mora que acabou preso, porque testemunhas anotaram a placa do carro que ele usava.
A Polícia Civil prendeu Christiano em flagrante por lesão corporal seguida de morte. Já o MPE (Ministério Público Estadual) trata o caso como homicídio doloso, aquele em que há intenção de matar.
No entender do MPE, houve um crime duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo atestado de óbito, o rapaz morreu de insuficiência respiratória aguda, traumatismo torácico e ação contundente, provocado pelo soco ou chute, que pode ter perfurado o pulmão.
A Justiça negou o pedido de liberdade provisória da defesa de Christiano. Ele foi encaminhado ao Presídio de Trânsito da Capital.