MP trata caso de segurança morto em bar como homicídio doloso
O Ministério Público Estadual está tratando o caso da morte de Jefferson Bruno Escobar, que morreu após ser atingido por um soco no bar onde trabalhava como segurança na Avenida Afonso Pena, como homicídio doloso duplamente qualificado.
No inquérito instaurado pela Polícia Civil, Chrstiano Luna de Almeida foi indiciado por lesão corporal seguida de morte. Ele é acusado de ter cometido o assassinato e é praticante de jiu-jitsu.
No entanto, no entendimento do MP, o caso pode ser tratado como homicídio doloso com duas qualificadoras. Uma das qualificadoras é motivo fútil, caso o desentendimento entre Jefferson e Christiano fique provado como sendo banal.
Testemunhas disseram que o segurança pediu para o lutador deixar o bar pois estava promovendo desordem. Ao revidar com um soco, Christiano provocou a morte de Jefferson.
A segunda qualificadora é recurso que dificultou a defesa da vítima. Para isso, a justiça vai precisar comprovar que o autor é lutador de artes marciais.
Nesta segunda-feira, o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, procurador Evaldo Borges Rodrigues da Costa, pediu que os promotores Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos e Luciana do Amaral Rabelo Nagib Jorge acompanhem o inquérito policial.
Para o Ministério Público, o caso deve ser apreciado por uma das varas criminais do Tribunal do Júri. O juízo especializado avalia a ocorrência de crime mais grave, neste caso, homicídio duplamente qualificado.
A análise do MP mostra que a lesão corporal e morte caracterizam o homicídio. O laudo necroscópico irá esclarecer quais as lesões corporais que levaram Jefferson a morrer. A pena prevista para homicídio doloso qualificado é de 12 a 30 anos de prisão.
Nesta segunda-feira, Christiano teve o pedido de liberdade negado pela Justiça. Ele foi transferido para o Presídio de Trânsito. O corpo de Jefferson foi enterrado ontem no Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande.